Itaú e Bradesco romperam o silêncio sobre a relação com a empresa varejista, Lojas Americanas. Na última terça-feira (24), as instituições bancárias publicaram uma nota apos a declaração realizada por investidores de referências das Lojas Americanas (AMER3) feita no último domingo (22).
Na nota, os investidores informaram que uma das maiores “e mais conceituadas empresas de auditoria independente do mundo, a PwC.” Ainda segundo os acionistas, “Ela fez uso regular de cartas de circularização, que é utilizada para confirmar as informações contábeis da Americanas com fontes externas, incluindo os bancos (…)Nem essas instituições financeiras e nem a PwC jamais denunciaram qualquer irregularidade.”
Mesmo com a situação complica, as Lojas Americanas não anunciam falência (Foto: Reprodução/jovempan)
Em nota, o Bradesco e o Itaú questionaram fortemente a nota publicada no domingo. Segundo o Bradesco: “A governança contábil das empresas é atribuição exclusiva e não é transferível da sua administração, inclusive o Conselho de administração. O Bradesco cumpre rigorosamente as diretrizes normativas e atua de acordo com as melhores práticas de mercado.”.
O Bradesco ainda completou o comunicado de forma incomum. “Não compactuamos com alegações que buscam criar narrativas para atribuir aos bancos qualquer responsabilidade sobre as práticas contábeis irregulares da empresa e, assim, desviar a atenção do problema central, ou seja, a falta de consciência dos números das demonstrações financeiras e as responsabilidades dos seus dirigentes sobre o tal fato.” , informou.
Já o Itaú Unibanco foi na mesma linha e classificou as declarações contidas na nota como uma leviandade. “É leviana a tentativa de atribuir aos bancos aos bancos qualquer irregularidade sobre as práticas contábeis irregulares da empresa” e ainda completa: “ a elaboração e aprovação das demonstrações financeiras que espelham a realidade da companhia são responsabilidades única e exclusiva da administração da empresa, incluindo a sua diretoria e o conselho, sem nenhuma influência dos bancos ou de outros credores.”
Segundo as estimativas do mercado, que ainda deverão ser confirmadas pela apresentação do plano de recuperação judicial.
Capa Destaque: Faixada de uma das Lojas da Americanas. Foto: Reprodução/radiopeãoBrasil