Mercado diminui expectativas da inflação para 2023

Rafael Casemiro Por Rafael Casemiro
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Alguns analistas, que foram consultados pelo Banco Central, voltaram a diminuir as expectativas para a inflação para 2023 depois de sinais de alívio com o aumento dos preços. Apesar da queda de expectativa com a inflação, os analistas consultados não alteraram o cenário para os cortes na taxa básica de juros.

O levantamento captou a percepção do mercado para os indicadores econômicos, o chamado Boletim Focus, e apontou que a perspectiva para o aumento do IPCA em 2023 é, atualmente de 5,71%, ante 5,80% na semana passada.

A revisão vem junto dos dados da semana anterior que revelaram que o IPCA-15 cresceu menos do que era o esperado em maio: 0,51%, com a taxa de todo o ano, recuando ao nível mais baixo em aproximadamente dois anos e meio, de 4,07%.

Para o ano que vem, a projeção para o aumento dos preços permaneceu em 4,13%, e, para os próximos dois anos, se mantiveram em 4%.

O objetivo da meta oficial do governo federal para a inflação de 2023 é de 3,25%. Para 2024 a 2025 é de 3%, contando sempre com a margem de tolerância estipulada de 1,5% para mais ou para menos.


Vídeo do IBGE explicando a diferença entre IPCA e INPC. Reprodução: YouTube/IBGE


Os resultados do IPCA-15 levantaram apostas de uma possível antecipação nos cortes do Banco Central na taxa Selic, porém a pesquisa semanal que conta com cem economistas revelou ainda que eles seguem vendo uma manutenção da taxa básica de juros no nível atual de 13,75%, que deve acontecer depois das reuniões de junho e agosto.

A primeira redução, de 0,25% é esperada em setembro, seguida de mais dois cortes de 0,50% nas últimas duas reuniões de 2023, sem nenhuma alteração do que era esperado na última semana.

Para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, a estimativa de melhora cresceu em 0,06%, para 1,26%. Para 2024 a expectativa é que o crescimento fique na casa de 1,3%.

Foto destaque: Real, moeda brasileira. Reprodução: Getty Images

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