Nova temporada em Hollywood promete grandes aquisições.

Debora Boechat Por Debora Boechat
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O diretor da Tyler Perry Studios e presidente da Cross Creek Pictures, John Cary está se preparando para uma nova temporada em Hollywood e vem analisando uma lista com cerca de 30 nomes sendo todos eles produtores independentes que viraram alvo de aquisição.

Estamos no início das discussões com algumas pessoas”, diz Cary. “Vamos sentar à mesa e perguntar: ‘Quanto você acha que vale? Qual valor seria atraente?’’

A competição streaming está cada vez maior e não apresenta nenhum sinal de desaceleração. De acordo com o pesquisador Ampere Analysis a indústria fará um alto investimento em programações pelo mundo todo este ano, será gasto um valor de US$ 225 bilhões, US$60 bilhões a mais do que cinco anos atrás.

Durante a compra da MGM Studios pela Amazon no valor de US$ 8,45 bilhões, a atriz Reese Witherspoon vendeu sua participação majoritária na Hello Sunshine para uma nova empresa de mídia apoiada pelo Blackstone Group por US$ 900 milhões, o dobro do fluxo de caixa que certas empresas estavam recebendo a 18 meses atrás, diz um negociador.

Esse episódeo causou muitas modificações, inclusive no preço de tudo desde a Endeavor Content de Ari Emmanuel e a SpringHill Company de Lebron James, até o estúdio de filmes independentes A24, houveram discussões sobre a possibilidade de conseguir empresas em alta como a Blumhouse Productions e Imagine Entertainment, de Ron Howard e Brian Grazer.

Reese, que apostou em si mesma ao criar a Hello Sunshine, conseguiu alavancar os direitos que possuia sobre histórias com foco feminino, incluindo os filmes “Garota Exemplar” e “Livre” e séries que ela vendeu para Hulu, Apple e HBO. O preço da empresa sugere um mercado crescente para produtores com um histórico bem-sucedido, por conta de qualquer fluxo de caixa visto pela empresa ser muito menor do que os números da bilheteria principal registrados.

Esses valores são reduzidos por conta do reembolso aos investidores que financiaram a produção, as despesas de marketing e publicidade, as ações ​​reivindicadas por cinemas e redes de TV, como o pagamento de acordos de participação nos lucros com os diretores, estrelas e produtores, que são os grandes responsáveis por fazer essas grandes produções acontecerem.

A revolução de streamings vem sendo vista como uma ameaça para os Hitmakers que durante décadas possuiam uma grande participação nos lucros até a chegada da Netflix e seus concorrentes Disney+ e Amazon, que oferecem um risco para eles por conta de seu tipo de negócio, o novo Lup Sum (modelo de contrato onde o preço global cobrado pelo produto ou serviço é determinado antes da realização do projeto) que deixam o potencial de talento limitado enquanto adicionam valor às suas plataformas.


                                   

                                                                                       (Foto: Aplicativo Netflix. Reprodução/Pixabay).


Talento tem um enorme valor para as empresas construídas a partir de seus esforços e eles não estão vendo um retorno equivalente ao patrimônio líquido”, diz Kevin Mayer, que fez uma parceria com o ex-diretor de operações da Walt Disney, Tom Staggs, e a Blackstone no investimento pela Hello Sunshine. “Agora eles estão vendo maneiras de obter vantagens do tipo capital, criando suas próprias empresas e também fazendo parte de novas companhias independentes.”

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Isso deixa um ponto de interrogação sobre todas as companhias, desde a Westbrook Entertainment, de Will Smith, até a grande marca Perry’s que possui seu próprio financiamento possuindo apenas uma pessoa em sua produção geral, o bilionário Perry, que escreve, produz, dirige e muitas vezes, estrela em seus próprios programas. 

Já é esperado que os valores sugeridos para Hollywood sejam altos, porém as produtoras são vendidas por um múltiplo do fluxo de caixa, o que é difícil de calcular sem acesso aos termos de negociação das séries e filmes.

 

(Foto Destaque: Placa de Hollywood. Reprodução/Pixabay).

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