OPEP+ anuncia novo acordo para redução da produção de petróleo

Rafael Casemiro Por Rafael Casemiro
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A OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) chegou neste domingo (4) a um acordo para aumentar o tempo vigente nos cortes de produção até 2024, além de dar aos Emirados Árabes Unidos uma maior parcela no ano que vem, segundo um emitido pelo grupo.

Após muitas horas de tensas negociações, o príncipe saudita Abdulaziz bin Salman anunciou que Arábia saudita fará um novo corte de 1 milhão de barris de petróleo p/ dia.

Assim, a alteração saudita, foi a principal parte do acordo, sustentando a redução até 2024. O príncipe saudita havia avisado aos especuladores para tomarem cuidado com os rumos do preço do barril do petróleo.

Nas últimas horas do domingo, o preço dos barris de petróleo nos mercados internacionais operava em alta. O preço do barril Brent, tipo de barril que é referência para os preços da Petrobras, avançaram 2,55%, chegando a US$78,07 (R$ 384,08).

Enquanto os Emirados Árabes Unidos foram considerados como os grandes vencedores dos debates de negociações do final de semana, os membros africanos receberam solicitações para desistir de parte da produção que não foi utilizada, representando uma grande derrota para os países exportadores de petróleo da África.

Após muitas horas de negociações com os países africanos, o acordo definitivo foi formalizado, com todos os países concordando em revisar a própria capacidade de produção.

Os Emirados Árabes Unidos, que ameaçavam sair da OPEP+, anunciaram que continuarão fazendo parte do órgão internacional.

Em Viena, a OPEP+ buscou destravar o acordo que determina restrições de produção aos países que integram o órgão, a fim de aumentar o preço das comoditys. Dois meses atrás, foi anunciado um corte surpresa na produção.


Gráfico mostrando o preço do petróleo de janeiro a junho de 2023. Reprodução: Bloomberg


A estratégia do corte surpresa deu certo, com o petróleo se recuperando brevemente em abril. Porém, desde então, com os dados econômicos fracos vindos da China e temores de uma nova recessão fizeram o preço do barril cair 11% em Nova York em maio.

 

Foto destaque: Reunião da OPEP+. Reprodução: ElEspanol

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