O preço da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) caiu na última quinta-feira (01). O motivo principal envolve a queda no óleo do grão após os Estados Unidos recomendarem metas de aumentos abaixo do esperado na mistura de biocombustíveis por parte das refinarias do país. Esta é a primeira queda da commodity depois de cinco dias consecutivos de ganhos.
No caso do grão, a queda mais significante em seus contratos foi de 39,75 centavos, o equivalente a 2,7%. Ele encerrou em 14,2975 dólares por bushel. Já o óleo de soja para dezembro caiu 9%.
Consequentemente, os preços do milho caíram de 6,50 centavos e fecharam em 6,605 dólares por bushel. Já as vendas de exportação do trigo tiveram vendas de exportação frustrantes no dia, com uma queda de 12,50 centavos e encerramento em 7,83 dólares pela medida.
Grãos de Soja e Milho separados. Reprodução: iStock/Mapa/Giro do Boi
As decisões a respeito das quantidades de óleo de soja impostos na mistura com biocombustíveis como o etanol partem da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Desta vez, o órgão recomendou aumentos do derivado para as refinarias de petróleo nos próximos três anos, mas abaixo da quantidade esperada, o que prejudica a diminuição da oferta das commodities.
Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da organização StoneX, alega que a produção do diesel renovável cresce, “mas não no ritmo irrealista esperado pelos gestores de fundos”.
No Brasil, a empresa estimou safras de soja e milho acima da expectativa, com aumento de 21,9% na comparação anual e superando a safra anterior, atingida pela seca. Para a Soja, a expectativa é que a safra 2022/23 chegue a 96 milhões de toneladas, superando a precisão de 2021/22, de 79,5 milhões. Já no caso do milho, a prévia foi de 130,3 milhões de toneladas, um aumento de 400 mil comparado a prévia da safra anterior.
Foto Destaque: Colheita de grãos de soja. Reprodução: Sensix Blog.