Depois de irregularidades, o dólar conseguiu se firmar nesta manhã, após apresentar quedar em relação ao real. Com a divisa americana aumentando suas perdas, com os principais índices acionários americanos, assim como os preços do petróleo, passando a subir, o ambiente melhorou, após uma manhã de volatilidade. Contudo, com as incertezas e tensões políticas que cercam o Brasil nas últimas semanas, o real não conseguiu obter um movimento mais expressivo no mercado.
Por volta de pouco mais das 13h, a moeda americana recuava 0,36%, chegando a R$ 5,2832, após máxima a R$ 5,3577 e mínima de R$ 5,2772. Já o dólar futuro para novembro chegou a recuar 0,26%, chegando a R$ 5,2930.
Fora do Brasil, o índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de seis divisas principais, recuava 0,90%. Em relação às moedas pertencentes aos países emergentes, o dólar caía 0,28% ante o peso mexicano; 1,73% em relação ao peso chileno; 0,90% em comparação ao rand sul-africano; e subia 0,40% ante a lira turca. Já comparado a moedas exportadoras, o dólar recuava 0,95% contra o dólar australiano; 0,53% contra o dólar canadense; e 0,93% contra a coroa norueguesa.
Real é favorecido com queda do dólar, mas ainda segue prejudicado pelo cenário político. (Foto: Reprodução/jcomp/Freepik)
O motivo que favoreceu o real perante ao dólar, foi uma divulgação de dados da economia norte-americana. O índice de confiança do Conference Board dos Estados Unidos caiu para 102,5 pontos neste mês e, além disso, o índice regional de atividade industrial da unidade de Richmond do Federal Reserve (Fed), caiu -10 pontos também em outubro, causando assim um certo enfraquecimento da moeda americana.
Apesar da queda do dólar sobre o real, quando comparado com outras moedas emergentes, a moeda brasileira apresenta um desempenho pior. Com os eventos acontecidos no país recentemente, a volatilidade implícita do câmbio tem aumentado.
Na última semana, os ativos brasileiros foram pressionados negativamente diante dos acontecimentos que envolveram o ex-deputado Robert Jefferson, do PTB. Além disso, também há o cenário político no país, que vive as vésperas de sua eleição mais importante da história recente brasileira. Segundo a pesquisa IPEC divulgada depois do fechamento dos negócios da última segunda (24), o ex-presidente Lula tem 50% das intenções de voto, contra 43% do atual presidente Jair Bolsonaro.
Foto destaque: Queda do dólar no exterior fortalece real. Reprodução/ Freepik
