O Brasil encerrou o terceiro trimestre com a menor taxa de desemprego em mais de sete anos, de 8,7%, mostrando a recuperação do mercado de trabalho, ainda que calcada na informalidade.
Nesta quinta-feira, 27 de outubro, o dado divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) marcou a menor taxa desde julho de 2015, onde também a porcentagem foi de 8,7%, alinhando assim com a expectativa de pesquisa da Reuters.
De acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por amostra de Domicílios Contínua, no segundo trimestre a taxa era de 9,3%, e no terceiro trimestre de 2021 era de 12,6%.
“A taxa de desocupação segue trajetória de queda que vem sendo observada nos últimos trimestres. A retração dessa taxa é influenciada pela manutenção do crescimento da população ocupada”, disse a coordenadora da pesquisa, Adriana Beriguy.
No entanto, o mercado de trabalho segue sendo marcado fortemente pela informalidade e rendimento fraco, diante da inflação elevada, mesmo que o número de trabalhadores com carteira assinada siga crescendo. Porém, a expectativa é de que o desemprego continue recuando até o final do ano, perante a recuperação econômica do país e dos efeitos pós pandemia.
No terceiro trimestre de 2022, o Brasil registrava 9,46 milhões de pessoas desempregadas, uma queda de 6,2% em relação ao período de abril a junho, e uma queda de mais de 29% sobre o mesmo período do ano passado, conseguindo assim o menor número de desocupados desde dezembro de 2015.
Placa com vagas de emprego (Foto: Reprodução/Forbes)
O total de ocupados subiu 1%, a 99,2 milhões, o que ainda representa um avanço de quase 7% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Assim batendo novamente o recorde da série histórica, que teve início no ano de 2012.
Já no setor privado, teve um aumento de 1,3% dos trabalhadores com carteira assinada no terceiro trimestre, enquanto os que não tinham carteira também cresceram 1,3% batendo mais uma vez o recorde dessa série histórica.
Foto Destaque: Carteira de Trabalho. Reprodução/Metrópole