Nesta terça-feira (2), a Transpetro, subsidiária integral de transporte e logística da Petrobras, informou os ganhos de 2023. No total, somaram por volta de R$ 500 milhões em novos contratos, a maioria oriunda de empresas fora do Sistema Petrobrás, o que é em grande parte uma estratégia atribuída à nova administração.
Clientes privados
“Vamos ampliar essas parcerias de norte a sul do país, porque a capilaridade e sinergia das nossas operações geram um grande diferencial competitivo na logística de petróleo, derivados e biocombustíveis,” disse o presidente Sérgio Bacci, que promoveu a reorganização de gestão, em um comunicado. “A Transpetro está novamente vocacionada para o crescimento.”
Atualmente, a empresa providencia serviços logísticos para mais de 180 clientes, operando e mantendo terminais, dutos, e navios, com grande oferta para clientes privados em terra ou mar. São um total de 48 terminais (27 aquaviários e 21 terrestres) e cerca de 8,5 mil quilômetros de dutos e 36 navios sob seu controle, a fazendo a maior companhia de logística multimodal de petróleo da América Latina.
Com a nova gestão de Sérgio Bacci, mudanças radicais estão sendo tomadas pela empresa. (Foto: reprodução/Reuters/Paul Whitaker)
Novas Operações
Entre os novos contratos oferecidos fora do Sistema Petrobrás, estão os de operação “ship to ship”, consistindo no transporte de petróleo e derivados entre navios. Trata-se de uma manobra antes não oferecida pela Transpetro, mas que agora já se encontra em uso na Baía de Todos os Santos com clientes que incluem a Acelen, a Ream (Refinaria de Manaus) e a Seacrest.
Segundo a própria Transpetro, a opção logística “possibilita ganho de escala nas movimentações de produtos com navios maiores,” e poderá até “reduzir em até 30% os custos de transporte envolvidos no modal marítimo.”
Similarmente, também estão sendo desenvolvidos modelos “ship to barge”, que consiste no transporte de navio para barcaça, já em uso no estado de Amazonas, onde a Transpetro atende a Raízen, a Novum, e a Ream, entre outros clientes.
“Esse modal está sendo fundamental na manutenção do abastecimento de combustíveis na região no período da pior vazante dos rios dos últimos tempos,” a Transpetro chegou a afirmar.
Nova Gestão
Sob a nova gestão promovida pelo presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, a empresa atendeu em 2023 pela primeira vez um cliente privado com um navio da própria frota: foi o transporte aquaviário de GLP (gás liquefeito de petróleo) de Coari para Manaus, um contrato que marcou a abertura da sua oferta no mercado.
“Os primeiros 100 dias da nova gestão da Transpetro foram marcados pela reconstrução do sentido político e econômico de uma empresa estatal,” afirmou Bacci em agosto desse ano, referindo-se também aos serviços dos novos elegidos: diretor Financeiro, Fernando Mascarenhas, e o diretor de Transporte Marítimo, Dutos e Terminais, Jones Soares.
Além da mudança nos serviços oferecidos, a estrutura interna da empresa também passou por mudanças, com a contratação elevada de mulheres e profissionais negros, pardos, amarelos, e indígenas, em postos de liderança e cargos gerenciais.
Foto Destaque: plataforma de petróleo (Reprodução/Pixabay/Terry McGraw)