Nesta quarta-feira (4), a chefe de confiança e segurança da empresa, Ella Irwin, informou à agência de notícias Reuters que o Twitter vai reverter uma política que bane anúncios políticos. Desde novembro de 2019 o Twitter não exibe anúncios políticos. Jack Dorsey, fundador e então CEO da plataforma, na época, disse que a propaganda desse tipo era problemática, por causa que poderia ser usada para “influenciar votos para afetar a vida de milhões”. Contudo, agora, sob a liderança de Elon Musk, a rede social está revertendo a decisão.
Atualmente a plataforma comprada por Elon Musk em outubro de 2022 busca aumentar sua receita, segundo o bilionário, a plataforma “está no caminho certo para a falência desde maio”.
A mudança aproxima os novos termos com as políticas do Facebook e do Youtube, que permitem esse tipo de publicidade. Entre as grandes plataformas, a única que proíbe anúncios políticos é a chinesa TikTok.
Elon Musk, dono do Twitter (Foto: Reprodução/ISTOÉ)
A empresa afirmou que vai alinhar a sua política de publicidade com a da TV e de outros meios de comunicação, além disso, garantirá que a abordagem de revisão e aprovação de conteúdo proteja os usuários.
De acordo com o portal Business Insider, um dos principais fatores que fez a plataforma querer retomar os anúncios políticos é o financeiro. A questão é que desde que Musk assumiu o negócio, no final de outubro do ano passado, as finanças da empresa ruíram com a fuga dos anunciantes. Parte do problema veio com as declarações polarizadas do empresário e as medidas pouco populares que ele vem adotando.
Entretanto, à medida que as eleições nos Estados Unidos de 2024 se aproximam, anunciantes políticos provavelmente se interessarão por voltar para esta rede social. Ademais, eles gastam bilhões de dólares por ano. De acordo com os dados do Insider Intelligence, braço de análise do Business Insider, em 2022, a publicidade digital para todas as campanhas políticas nos país ultrapassou US$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 16,3 bilhões).
Foto Destaque: Twitter voltará a permitir anúncios políticos. (Foto: Reprodução/Getty Images)