Em 2024, os trabalhadores brasileiros receberão 65% do lucro recorde de R$ 23,4 bilhões do FGTS, após decisão do Conselho Curador. A distribuição, menor que o ano anterior, reflete a reserva de uma parte do lucro extraordinário como medida de segurança para o fundo.
O governo federal propõe que cerca de 65% do lucro recorde de aproximadamente R$ 20 bilhões do FGTS sejam distribuídos aos trabalhadores. A redução na distribuição, comparada aos 99% do ano passado, é atribuída a um fator extraordinário, que o governo pretende reservar como segurança. A proposta será votada na próxima quinta-feira (8) pelo Conselho Curador do FGTS.
Divisão do lucro será concluída até o final de agosto
A decisão de reduzir a fatia destinada aos trabalhadores é explicada pelo governo como uma medida de segurança. No ano de 2023, o FGTS registrou um lucro extraordinário de R$ 6,5 bilhões, proveniente de um investimento no Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.
Como esse recurso é considerado não recorrente, o governo propõe reservá-lo como uma segurança financeira, de acordo com uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Essa reserva poderá ser utilizada em anos futuros, caso a correção do fundo não acompanhe a inflação.
Se a proposta for aprovada, os trabalhadores receberão sua parte até o dia 31 de agosto. O lucro recorrente do FGTS em 2023, sem contar o valor extraordinário, foi de R$ 16,8 bilhões. Portanto, a comparação com os anos anteriores deve ser feita com base nesse montante, como o resultado de R$ 12,7 bilhões distribuído em 2022.
Trabalhadores devem receber 65% do lucro recorde do FGTS em 2024
Enquanto o governo defende a necessidade dessa reserva de segurança, a decisão gerou discussões entre os trabalhadores, que esperavam uma distribuição mais generosa, especialmente após um ano de lucros tão elevados.
Essa decisão, no entanto, não passou despercebida entre os trabalhadores, que manifestaram preocupações sobre a redução da porcentagem de distribuição. O governo, por outro lado, enfatiza a importância de manter uma reserva para garantir a estabilidade do fundo em cenários futuros incertos.