Custo alto de alimentos nos supermercados gera preocupação nos Estados Unidos

Uma pesquisa publicada na primeira semana de agosto, de acordo com a revista Forbes, afirma que o custo de compras no supermercado está gerando preocupação em 90% dos habitantes americanos, devido ao notável aumento de preço de alguns alimentos como ovos, carne moída e aves. A pesquisa também trouxe dados comparativos entre a preocupação com […]

18 ago, 2025
Foto destaque: Preços de carne em mercado dos Estados Unidos (Reprodução/Ronaldo Schemidt/Getty Images Embed)
Foto destaque: Preços de carne em mercado dos Estados Unidos (Reprodução/Ronaldo Schemidt/Getty Images Embed)
Preços de carne exposto em mercado nos Estados Unidos

Uma pesquisa publicada na primeira semana de agosto, de acordo com a revista Forbes, afirma que o custo de compras no supermercado está gerando preocupação em 90% dos habitantes americanos, devido ao notável aumento de preço de alguns alimentos como ovos, carne moída e aves.

A pesquisa também trouxe dados comparativos entre a preocupação com o aumento de custos alimentícios, e outras preocupações que os americanos enfrentam no cotidiano.

Preocupação com o aumento de preços está em alta

Os dados mostram que os entrevistados estão mais preocupados com o alto preço das compras do que outras questões financeiras, como o custo de moradia, valor para economizar, salários, dívidas e custo da assistência médica. Uma nova pesquisa feita pelo Centro de Pesquisa de Assuntos Públicos da Associated Press-NORC, mostra que 53% dos que responderam consideram os preços dos alimentos um grande motivo de estresse, enquanto 33% não consideram.

Pessoas que participaram da pesquisa marcaram o custo de moradia como segunda maior preocupação com 47%, vindo antes do valor para economizar e salário, ambos com 43%, e custo de assistência médica com 42%.

Um levantamento feito pelo índice de Preços ao Consumidor mostra que o valor dos alimentos aumentou 3% nos últimos 12 meses, com as compras de supermercado aumentando em 2,4% e o ato de comer fora estando 3,8% mais caro que o ano passado.


Preços de vegetais em supermercado na Florida (Foto: reprodução/Joe Raedle/Getty Images Embed)


O Bureau of Labor Statistics observou, de junho de 2024 até junho de 2025, um aumento no valor de compras em todas as categorias que o laboratório acompanha, com os principais sendo as carnes, aves, peixes e ovos, que registraram 5,6% no aumento do preço, as bebidas alcoólicas que ficaram 4,4% mais caras, frutas e vegetais aumentaram o preço em 0,7% e os cereais, laticínios e produtos panificadores aumentaram 0,9%.

Além desses dados, a NBC News mostrou um aumento do preço do frango em US$ 0,81 por libra, além do preço da carne moída que aumentou em US$ 0,67 por libra e o dos ovos aumentou US$ 0,64 cada dúzia.

O aumento da taxa de 3% faz com que o custo de alimentos cresça mais rápido do que a taxa geral de inflação, que está em 2,7% conforme dados Índice de Preços ao Consumidor. No entanto, mesmo com o preço dos alimentos subindo consideravelmente, a taxa de 3% é menor do que as registradas nos anos anteriores, já que a inflação era de 6,3% em 2021 e aumentou para 10,4% em 2022, e vem se mantendo estável esse ano, levando em conta 2023 (2,7%) e 2024 (2,5%).

Tarifas podem aumentar preço das compras

Uma estimativa feita pelo Budget Lab da Universidade Yale considera um aumento de 3% no custo alimentício, graças as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump. O levantamento mostra que produtos frescos podem subir até 7%, com 3,6%, e o arroz pode aumentar até 10,2% a longo prazo.

O laboratório destaca que outros itens, como cereais e grãos, carne e laticínios, e açúcar e bebidas, podem ficar mais caros. Já outros itens importados, como cerveja, vinho, bananas e queijo, vão ter tarifas adicionais.

A Tax Foundation afirmou que os Estados Unidos importaram cerca de US$ 221 bilhões em produtos alimentícios em 2024, com 62% vindo do México, Canadá, União Europeia, Brasil e China. Trump entrou em um acordo com o México e concordou suspender o aumento das tarifas por 90 dias, além de aceitar uma tarifa de 15% sobre itens vindos da União Europeia. O Canadá vai ter uma tarifa de 35% em produtos não cobertos pelo Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), de acordo com a Casa Branca.

O presidente também afirmou que iria impor uma tarifa de 50% sobre o Brasil, mas reconsiderou devido ao processo criminal enfrentado pelo ex-presidente do país, Jair Bolsonaro, e as exportações chinesas possuem uma tarifa atual de 55%.

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