No último trimestre, a Walt Disney alcançou lucros acima do esperado, impulsionada pelo sucesso dos seus serviços de streaming e pelos lançamentos de filmes desse ano. Com essas boas notícias para os próximos anos, o mercado ficou animado, levando as ações da empresa a subirem 10,2% nesta quinta-feira (14), alcançando a marca de US$ 113,17, o maior valor em seis meses.
Streaming e cinema lideram os ganhos
Os serviços de streaming da empresa, o Disney+, Hulu e ESPN tiveram um lucro juntos de US$ 321 milhões no trimestre, marcando o segundo período seguido que o streaming tem resultados positivos. Além disso, o número de assinantes também subiu 4%, mostrando como os streamings da Disney se tornaram uma das peças-chave da empresa. A receita da área de streaming aumentou 15%, alcançando US$ 5,783 bilhões e representando quase um quarto de todo o dinheiro que a Disney ganha.
No cinema, o cenário foi ainda mais animador. Eles saíram de um prejuízo de US$ 149 milhões no mesmo período do ano passado para um lucro de US$ 316 milhões. Filmes como Divertida Mente 2 e Deadpool & Wolverine foram grandes responsáveis para essa reviravolta, com bilheterias enormes e críticas favoráveis, e o lucro pode aumentar ainda mais com o lançamento próximo de Moana 2.
O CEO da Disney, Bob Iger, falou que esses resultados mostram os esforços da empresa para superar os problemas dos últimos anos, dizendo que a Disney está começando a entrar em uma fase de crescimento mais estável e que estão se alinhando com as tendências do mercado daqui para frente.
Projeções otimistas para os próximos anos
A Disney está bastante confiante sobre os próximos anos, o que deixou os investidores super animados. A empresa anunciou que planeja recomprar ações no valor de US$ 3 bilhões, uma estratégia que costuma aumentar o valor das ações que continuam no mercado.
Para 2025, a Disney espera que os lucros continuem crescendo, mesmo com os altos investimentos, que devem chegar a US$ 8 bilhões. Para os anos seguintes, 2026 e 2027, a empresa aguarda um crescimento ainda maior, com os lucros subindo em dois dígitos. Isso deve acontecer por conta de projetos em parques temáticos, cruzeiros e pela expansão das plataformas de streaming.
Dificuldades nos parques e na TV tradicional
Nem todos os segmentos da Disney apresentaram resultados tão positivos. A divisão de parques internacionais registrou uma queda de 32% no lucro operacional, afetada pelos altos custos de construção e pela concorrência de eventos como as Olimpíadas de Paris. Nos Estados Unidos, no entanto, os parques conseguiram manter relativa estabilidade, graças a iniciativas para modernizar atrações e melhorar a experiência dos visitantes.
A televisão tradicional foi outro ponto de pressão, com uma queda de 38% no lucro operacional, prejudicada por custos elevados e pela redução da audiência. Apesar disso, os esforços para transformar o modelo de negócios, com maior foco no digital, têm ajudado a reduzir as perdas.
Recepção do mercado
Os resultados divulgados e a perspectiva otimista até 2027 foram bem recebidos por investidores e analistas. O relatório foi apontado como uma demonstração de que a Disney está consolidando um modelo de negócios mais previsível e menos dependente das redes de televisão a cabo.
A empresa segue reforçando sua posição como líder no mercado global de entretenimento, apesar de dificuldades pontuais, como alguns fracassos de bilheteria anteriores. Os avanços no streaming, cinema e parques temáticos indicam que a Disney está preparada para enfrentar os desafios do setor e continuar entregando valor aos acionistas nos próximos anos.