Na última sexta-feira do ano, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os índices de desemprego, empregos de carteira assinada, e o IPCA-15. Estes dados econômicos são muito relevantes para compreender como foi o ano para o país, em especial para a economia, e como o ano deve iniciar. Apesar do número positivo da queda do desemprego, os preços estão aumentando cada vez mais.
Os dados de economia divulgados pelo IBGE
O teto da inflação ultrapassou a meta definida pelo Banco Central, tendo crescido 0,34% em dezembro, e fechado o ano com uma alta de 4,71%. Os gastos que mais impactaram o bolso da população foram com alimentos, bebidas e despesas pessoais, como educação e saúde.
Segundo os índices de desemprego, a taxa de desocupação baixou para 6,1%, o menor patamar da história desde 2012, quando se iniciou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Além disso, foram abertos mais de dois milhões de postos de empregos formais.
Aumento da taxa Selic
Em uma tentativa de frear o acréscimo pelo qual o país passou, o Banco Central elevou a taxa Selic para 12,25% na última reunião do Copom, além de ter sido deliberado novas adições para o próximo ano.
A decisão não foi bem aceita pelo presidente Lula e pela ala do PT, que passaram o ano criticando as decisões, como ter mantido a taxa em 10,5%. Em junho, o presidente havia dito que o mercado financeiro foi o enfoque para que o Banco Central mantivesse os juros na reunião que houve com o Copom.
Lula afirmou que seu governo investe no povo brasileiro, enquanto que o BC optou por focar no sistema financeiro, “nos especuladores que ganham dinheiro com os juros”.
Reação do mercado financeiro perante a economia
A conduta não foi bem recebida no mercado financeiro, e economistas criticaram o modo como a equipe econômica agiu perante as contas públicas. Segundo estes, houve um pessimismo perante o corte incisivo nos gastos que não ocorreu, o que fez com que se duvidasse se o arcabouço fiscal seria ou não cumprido.
Essa incerteza causou um aumento no dólar de mais de 25%, fazendo-o atingir a alta de R$ 6,27. A fim de brecar a ação, o BC fez uma intervenção recorde na moeda estadunidense em dezembro, por meio de leilões.
As expectativas do mercado sobre o IBOVESPA também não foram atendidas, com o índice tendo caído mais de 10% em 2024; nesta sexta-feira, a queda fechou em 0,67%, com 120.269 pontos.