Dólar vem perdendo força, fechando em queda e acumulando perdas

Esther Feola Por Esther Feola
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Foto destaque: Dólar vem enfrentando queda (reprodução/Freepik/@graystudiopro1)

No exterior, o dólar vem enfraquecendo, o que ocorreu nesta sexta-feira (12), com o real, onde o dólar à vista fechou em baixa perante a moeda do Brasil. Os investidores acreditam que o Banco Central dos EUA, o Federal Reserve, iniciará um corte de juros daqui a dois meses, em setembro.

Segundo o PPI do País, os dados do índice de preços ao produtos, a teoria de inflação mais fraca dos EUA, é contínua. Comparando mensalmente, o PPI subiu 0,2% em junho e, com base anual, houve um avanço de 2,6%. Apesar de não terem vindo linearmente, os números não extinguiram o otimismo que foi gerado pelo CPI mais fraco na véspera.

O dólar comercial teve uma queda de 0,20% em seu fechamento, sendo R$ 5,430 na compra, e R$ 5,431 para venda. Já o dólar turismo fechou em R$ 5,457 para compra, e R$ 5,637 para venda. O DOLc1, contrato de dólar futuro para agosto, teve uma queda de 5.444 pontos, referente a 0,12%.


Moeda estadunidense terá corte de juros em setembro
Moeda estadunidense terá corte de juros em setembro (Foto: reprodução/Freepik/@jcomp)

O dólar no Brasil

Mesmo após ter aberto uma sessão no Brasil em baixa, conforme ocorreu em outros lugares do globo, ainda pela manhã o dólar ficou em alta, mediante novos dizeres a respeito do cenário fiscal, do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Às 09h20 o dólar registrou uma cotação de R$ 5,4160 (-0,48%) e, às 10h52, a cotação foi para R$ 5,4669 (+0,46%).

Ainda assim, à tarde, o dólar abaixou novamente. O que, segundo analistas, se deu pela compreensão de que haverá corte de juros em setembro por perto do Fed, o que faz com que as cotações da moeda abaixem.

Durante evento em São Paulo, o ministro sustentou que a expansão fiscal não é algo positivo para o País neste momento, além de ter afirmado que haverá cortes de gastos primários no governo Lula, se necessário, para ajuste de contas públicas. Ainda segundo Haddad, houve uma tentativa de sua parte para que o presidente baixasse a tensão com o Banco Central, mas em seguida atestou que Lula não está incorreto em suas insatisfações com atitudes da autarquia.

Apesar dos comentários sobre cortes para cumprimento da meta fiscal, dois funcionários da Reuters relataram que o ministro da Fazenda ainda não relatou quaisquer medidas precisas, o que é um incômodo para os investidores, em especial nas últimas semanas.

O índice DXY

A medição do da performance do dólar ocorre através do DXY, o índice do dólar, frente a uma cesta de seis divisas, onde ocorreu uma queda de 104,07 pontos em Nova Iorque, significando uma queda de 0,36%. Contudo, a moeda já apresentava baixas quando comparado aos pesos da China, do México e da Colômbia.

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou pela manhã que, após um período de inalteração em maio, o PPI subiu em 0,2% em junho, para a demanda final. O conselho previa uma alta de 0,1% e, nos últimos 12 meses até junho, houve um aumento de 2,6%, após o avanço de 2,4% em maio.

Mesmo com os dados passando por altíssimo, o mercado confia que o banco central do País possui informações o suficiente para que o primeiro corte de juros em setembro seja justificado.

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