A Petrobras teve uma baixa no rendimento em 2023. Foram R$ 124,6 bilhões neste ano se comparado com os R$ 188,3 bilhões arrecadados em 2022. A petrolífera registrou lucratividade, um aumento de 16,6%, se nivelado com o trimestre anterior. Porém, não foi alto o suficiente para atingir o valor obtido em 2022 — 28,4% de prejuízo, se equiparado.
Ao nível de receita de vendas, o quarto trimestre do ano passado registrou um ganho de R$ 134,2 bilhões, apenas 9,5% de diferença quando comparado com o mesmo período de 2022.
Pagamento de dividendos preocupa analista
Para Flavio Conde, analista da Levante Ideias de Investimento, existe a dúvida quanto ao valor que a Petrobras irá pagar de dividendos na atual gestão de Jean Paul Prates, presidente da Petrobras. Anteriormente, os rendimentos eram distribuídos de forma equitativa, ou seja, 100% dos lucros. Resta a dúvida se haverá mudança ou não. “A estatal pode querer economizar recursos para investir na transição energética e na prospecção da Margem Equatorial”, pontuou.
Em nota anterior, a estatal havia informado que a divisão seria baseada em cima dos R$ 14,2 bilhões relativos ao trimestre. Além disso, divulgaram que se houvesse aprovação da Assembleia Geral Ordinária (AGO), o valor poderia até aumentar se compreendesse o ano inteiro. Seriam R$ 72,4 bilhões de dividendos, no total.
Analista previa lucro maior para o trimestre
As projeções eram vantajosas para o trimestre, de acordo com Conde. Havia uma estimativa de R$ 133 bilhões para a receita do trimestre que não foi atingida.
Se as receitas não foram alcançadas, não foi o mesmo caso no faturamento. Segundo o analista, o faturamento superou as expectativas com mais de R$ 1 bilhão.
Foram consideradas as duas ações principais da petrolífera no balanço: a PETR3 e PETR4. A primeira é concedida aos acionistas e interfere diretamente na gestão da empresa. O último tipo de ação, por sua vez, intercede no pagamento de dividendos.