Justiça americana acusa Google de monopólio em anúncios

Google enfrenta novo processo nos EUA, acusado de monopolizar o mercado de anúncios digitais. Caso marca maior ação antitruste desde o processo contra a Microsoft

Rafael Almeida Por Rafael Almeida
2 min de leitura
Foto destaque: Logo da Google (Reproduçao/Cesc Maymo/Getty Images Embed)

Conhecida por ser a controladora do Google, a Alphabet entrou novamente nos tribunais. Desta vez, a empresa enfrenta alegações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que afirma que a empresa manipula o mercado de anúncios digitais, um setor avaliado em mais de 600 bilhões de dólares.

A volta da empresa aos tribunais ocorre apenas um mês depois de ter sido derrotada em um caso sobre o mercado de buscas online. Em agosto, o juiz Amit Mehta, de uma corte em Washington, decidiu que o Google, ao pagar para que sua ferramenta de buscas seja a opção padrão em smartphones e navegadores da web, impede o crescimento de rivais neste mercado.

Trio de monopólios

No entanto, a acusação agora é de que o Google, junto com uma coalizão de outros oito governos estaduais, criou um “trio de monopólios” para controlar a tecnologia por trás dos anúncios em sites, prejudicando assim anunciantes e editores de conteúdo, que podem ser lesados por tal prática.


Caso da Google ainda pode gerar decisão histórica (Foto: reprodução/Getty Images NewsMichael M. Santiago/Getty Images Embed)


Esse julgamento também marca o primeiro grande caso do governo Biden contra uma grande empresa de tecnologia a chegar à justiça, sendo este o maior processo contra uma empresa do setor desde a decisão histórica contra a Microsoft, há duas décadas.

No entanto, esse processo contra o Google foi iniciado em outubro de 2020, ainda durante o governo do ex-presidente Donald Trump, mostrando a complexidade das partes envolvidas.

Google nega acusações

O Google nega essas acusações e ainda afirma que, à medida que a internet evolui, a tecnologia que suporta a publicidade também evoluiu. A empresa também declarou que enfrenta concorrência de outras empresas, incluindo gigantes das redes sociais, como Meta e TikTok, e do streaming, como Amazon e Netflix.

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