Nesta quinta-feira (8), a Magazine Luiza, uma das maiores varejistas do Brasil, divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2024. A empresa reportou um lucro líquido de R$ 23,6 milhões, revertendo assim o prejuízo de R$ 301,7 milhões registrado no mesmo período do ano passado.
Desempenho financeiro
Este é o terceiro trimestre consecutivo em que a empresa apresenta lucro, refletindo uma forte recuperação em sua performance financeira. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado para o período foi de R$ 710,7 milhões, marcando um notável aumento de 61,6% em relação ao ano passado. Sem ajustes, o Ebitda subiu ainda mais, atingindo R$ 655 milhões, o que representa um crescimento impressionante de 130,7%.
A margem Ebitda também mostrou uma melhora significativa, atingindo 7,9%, com um aumento de 2,8 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Esses números destacam a capacidade da empresa em melhorar sua eficiência operacional e aumentar a rentabilidade.
Aumento das vendas
As vendas totais da companhia, que incluem tanto lojas físicas quanto e-commerce, cresceram 4% em relação ao ano passado, totalizando R$ 15 bilhões. Esse aumento é impulsionado por um crescimento de 14,2% nas lojas físicas e uma leve alta de 0,9% nas vendas online. Além disso, a receita líquida da empresa atingiu R$ 9,01 bilhões, representando um crescimento de 5,1% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
A Magazine Luiza também destacou uma geração de caixa operacional sólida, com um total de R$ 2,2 bilhões nos últimos 12 meses. A empresa terminou o trimestre com um saldo de caixa líquido de R$ 2 bilhões, o que reforça sua posição financeira robusta e sua capacidade de investimento para o futuro.
Pedro Serra, da Ativa Research, atribui a melhoria no lucro líquido da companhia à diluição das despesas financeiras. Segundo Serra, o desempenho das lojas físicas foi superior nas vendas, enquanto o e-commerce ainda enfrenta desafios devido à alta concorrência.
“Observamos que, embora haja um avanço, a qualidade desse crescimento é questionável. O melhor desempenho está nos serviços, enquanto a venda de mercadorias continua pressionada pela competição”, afirma ele.