Mercado financeiro reage a planos tarifários de Trump e inflação nos EUA

Dólar cai 0,84% e Ibovespa sobe 0,25% com impacto de dados dos EUA e expectativas sobre tarifas de Trump

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Notas de dolar
Foto destaque: Dolar fechou em queda (Reprodução/Freepik/pvproductions)

O dólar encerrou esta última terça-feira (14), em queda de 0,84%, cotado a R$ 6,0466, isso foi reflexo a reação dos investidores a novos dados de inflação nos Estados Unidos e a informações sobre os planos tarifários do presidente eleito, Donald Trump. Já o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, avançou 0,25%, fechando em 119.298,67 pontos, recuperando parte do otimismo após oscilações no pregão, que ajudaram na última alta do dólar.

Trump virou fator

Nos Estados Unidos, uma reportagem feita pela impressa local apontou que a equipe econômica de Trump, que assume em 20 de janeiro, avalia implementar gradualmente tarifas de importação prometidas durante sua campanha. A abordagem mais moderada reduziu o pessimismo entre investidores e ajudou a limitar a valorização do dólar no mercado internacional.


Mercado vem reagindo a recentes medidas do Federal Reserve (Foto: reprodução/AFP/ADEK BERRY/Getty Images Embed)


No entanto, a perspectiva de uma postura mais cautelosa do Federal Reserve (Fed) em seu ciclo de afrouxamento monetário também trouxe incertezas. Os dados sólidos de emprego divulgados na última semana reforçam a percepção de que o banco central norte-americano poderá manter os juros mais altos por um período prolongado, o que pode criar um maior flutuação da moeda.

Cenário doméstico

No cenário doméstico, o mercado segue atento às promessas do governo em relação ao equilíbrio das contas públicas. Entrevistas recentes de membros do Ministério da Fazenda indicam novas medidas fiscais para o ano. O ministro Fernando Haddad já havia sinalizado que ajustes estão sendo analisados, enquanto o secretário executivo Dario Durigan reafirmou em entrevista ao jornal O Globo a intenção de implementar ações adicionais para sanear as finanças públicas.

Com a agenda política ainda esvaziada devido ao recesso parlamentar, o cenário externo tem ditado o ritmo das negociações, enquanto investidores aguardam novidades que possam dar maior direção ao mercado brasileiro nas próximas semanas, que deve se agitar com o retorno das atividades parlamentares.

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