Trump adia tarifas contra a China por mais 90 dias
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prorrogou na segunda-feira (11), em Washington, por mais 90 dias a suspensão das tarifas de importação sobre produtos chineses, alegando avanços nas negociações comerciais com o país asiático. A medida ocorre poucas horas antes do fim do prazo original da moratória e foi formalizada por meio de uma […]
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prorrogou na segunda-feira (11), em Washington, por mais 90 dias a suspensão das tarifas de importação sobre produtos chineses, alegando avanços nas negociações comerciais com o país asiático. A medida ocorre poucas horas antes do fim do prazo original da moratória e foi formalizada por meio de uma nova ordem executiva.
A decisão, segundo fontes da Casa Branca citadas por veículos internacionais, estende até 9 de novembro a trégua que impediu a aplicação de uma tarifa de 145% sobre bens chineses. Imposta brevemente em maio. O gesto diplomático, segundo o governo americano, visa manter o ambiente de diálogo e evitar o agravamento da guerra comercial que ameaça cadeias de suprimentos globais.
Uma trégua tensa em meio à disputa comercial
O acordo original entre os dois países foi costurado em maio, durante negociações na Suécia, quando Washington concordou em reduzir temporariamente a tarifa para 30%. Composta por uma taxa-base de 10% e uma penalidade extra de 20% para produtos como o fentanil. Em troca, Pequim recuou em suas próprias tarifas retaliatórias e suspendeu o bloqueio às exportações de terras raras.
Post feito por Donald Trump sobre a suspensão da tarifa (Foto: reprodução/Cheng Xin/Getty Images Embed)
A extensão da trégua já era esperada. Nos dias anteriores, membros dos governos de ambos os países sinalizaram otimismo. Trump, ao ser questionado por jornalistas na Casa Branca, declarou: “As negociações estão indo bem. O relacionamento entre o presidente Xi e eu continua forte”.
Fontes diplomáticas afirmam que a China está disposta a continuar cooperando, mas exige maior previsibilidade nas decisões americanas. Segundo o jornal britânico “The Guardian”, uma ligação entre os dois líderes, ocorrida em junho, teria reforçado o compromisso de buscar um entendimento sem recorrer a novas punições comerciais.
Agricultura americana em foco
Apesar da trégua, pontos sensíveis seguem sem solução. No domingo, Trump usou sua rede Truth Social para pressionar a China a retomar compras de soja dos EUA. Até o fim de julho, segundo a Bloomberg, o governo chinês ainda não havia encomendado nenhuma carga da nova safra americana, o que preocupa produtores e exportadores.
O Ministério das Relações Exteriores da China respondeu em nota: “Esperamos que os Estados Unidos cumpram sua parte no consenso estabelecido e trabalhem de forma construtiva para estabilizar as relações bilaterais”. Com a nova prorrogação, o mundo acompanha com cautela os próximos passos dessa disputa entre as duas maiores economias do planeta.
