Trump defende retomada de diálogo sobre desnuclearização

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender a abertura de conversações sobre desnuclearização com Rússia e China. A iniciativa, segundo ele, deve se somar aos esforços para reativar a diplomacia estagnada com a Coreia do Norte.

O então presidente Donald Trump afirmou a jornalistas, na segunda-feira (25), que a desnuclearização da Rússia e da China é uma das prioridades de seu governo. A declaração foi feita na Casa Branca, pouco antes de uma reunião com o presidente sul-coreano Lee Jae Myung. O republicano disse acreditar que Moscou e Pequim demonstram disposição para discutir limites em seus arsenais, ressaltando que a proliferação nuclear não pode continuar.

Temos que acabar com as armas nucleares. O poder é muito grande”, declarou.

Trump falou com o Presidente Putin


Putin e Donald Trum conversando(Foto:Reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)


Mais cedo, em evento separado na Casa Branca, Trump revelou ter tratado do tema com o presidente russo, Vladimir Putin, embora não tenha detalhado quando a conversa ocorreu.

Estamos falando sobre a limitação das armas nucleares. Vamos envolver a China nisso”, acrescentou.

Os comentários coincidem com o desejo expresso por Trump de se reunir ainda este ano com o líder norte-coreano, Kim Jong Un. Até agora, porém, o dirigente de Pyongyang tem ignorado os apelos para retomar o diálogo direto, retomando uma agenda que marcou o primeiro mandato de Trump, entre 2017 e 2021, mas que não resultou em acordos concretos para frear o programa nuclear da Coreia do Norte.

Falou com o Presindente da China também

A proposta de relançar o debate sobre controle de armas nucleares não é inédita. Em fevereiro, o republicano já havia indicado que pretendia envolver Putin e o presidente chinês, Xi Jinping, em discussões sobre limites para os arsenais estratégicos. À época, afirmou que a desnuclearização seria uma prioridade de um eventual segundo mandato.

O movimento ganha força diante da aproximação do prazo de expiração do Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo Start), firmado em 2010 e válido até 5 de fevereiro de 2026. O acordo é hoje o último em vigor entre EUA e Rússia para restringir o número de ogivas nucleares e sistemas de lançamento.

Moscou, no entanto, já alertou que as chances de renovação são baixas. Sob o governo anterior, de Joe Biden, Washington tentou atrair a China para negociações formais sobre o tema, mas sem avanços significativos.