D´Angelo: morte do cantor comove o mundo da música e gera tributos

Artistas como Beyoncé, Doja Cat e Tyler, The Creator lamentam a morte de D’Angelo, ícone do neo-soul que transformou o R&B e inspirou gerações

15 out, 2025
D'Angelo | Reprodução/Instagram/@thedangelo
D'Angelo | Reprodução/Instagram/@thedangelo

A classe artística mundial reagiu com comoção à partida de D’Angelo, um dos nomes mais influentes do neo-soul e do R&B, falecido em 14 de outubro de 2025 aos 51 anos após uma batalha contra o câncer de pâncreas.

Diversos artistas usaram suas plataformas para homenagear sua vida, seu legado e o impacto que teve na música contemporânea — com depoimentos emocionados de Beyoncé, Doja Cat, Tyler, The Creator, Nile Rodgers, Missy Elliott, entre outros.

Vozes do tributo: reconhecimento de gerações

Beyoncé destacou D’Angelo como pioneiro do neo-soul, ressaltando sua voz, sua habilidade no piano e a forma como “mudou e transformou o R&B para sempre”. Doja Cat chamou-o de “uma verdadeira voz do soul e inspiração para muitos artistas brilhantes da nossa geração e das futuras gerações”.


Beyoncé prestando sua homenagem à D'Angelo (Foto: reprodução/X/@beyonceaccess)

Tyler, The Creator compartilhou como o álbum Voodoo impactou sua própria trajetória musical: “Esse homem ajudou a moldar o meu DNA musical. Sou eternamente grato.” Já Nile Rodgers relembrou com carinho o momento em que conheceu D’Angelo em Nova York e o aconselhou a lançar suas músicas: “Eram perfeitas.”

Missy Elliott também se pronunciou, expressando solidariedade à família do músico e mencionando a dor de filhos que perdem seus pais. Flea, fundador do Red Hot Chili Peppers, chamou D’Angelo de agente de mudança: “Ele mudou o curso da música popular. Voe livre com os anjos. Continuaremos te ouvindo para sempre.”

Legado eterno e contexto artístico

D’Angelo, cujo nome de batismo era Michael Eugene Archer, fez história com álbuns como Brown Sugar (1995), Voodoo (2000) e Black Messiah (2014), e é frequentemente apontado como referência fundamental na evolução do neo-soul.

Sua partida reacende o debate sobre a escassez de artistas que combinam excelência técnica com autenticidade emocional. Mesmo com apenas três álbuns lançados, sua influência atravessa gerações — vários contemporâneos citaram D’Angelo como inspiração central em seus trabalhos.

Apesar de sua carreira marcada por intervalos e escolhas pessoais reclusas, ele nunca deixou de ser celebrado pela profundidade de suas composições e pela forma com que redefiniu o R&B. Sua voz, suas escolhas instrumentais e sua estética sonora reverberarão em futuros artistas por muitos anos.

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