A defesa de Jair Bolsonaro (PL), Paulo Cunha Bueno, perante ao julgamento envolvendo a tentativa de golpe de estado, afirmou nesta sexta (29), em entrevista ao programa ‘Estúdio i’ da GloboNews, que não haveria sentido em seu cliente estar envolvido no ato conspiratório, justificando que o mesmo não seria beneficiado havendo sucesso na operação. – Fonte: Redação g1.
Segundo o advogado, caso o golpe fosse adiante, o governo seria composto apenas pelos militares envolvidos no plano, assim, portanto, culminando em uma suposta traição ao ex-presidente.
Quem seria o grande beneficiado? Segundo o plano do general Mario Fernandes, seria uma junta que seria criada após a ação do Plano Punhal Verde e Amarelo, e nessa junta não estava incluído o presidente Bolsonaro. Não tem o nome dele lá, ele não seria beneficiado disso. Não é uma elucubração da minha parte. Isso está textualizado ali. Quem iria assumir o governo em dando certo esse plano terrível, que nem na Venezuela chegaria a acontecer, não seria o Bolsonaro, seria aquele grupo, afirmou
Defesa argumenta a favor de ex-presidente durante entrevista
Paulo afirma que, apesar da viabilidade da proposta realmente ter chegado aos seus ouvidos, o ex-presidente não teria aceitado aderir ao plano, também relatando que o mesmo não tinha a obrigação de denunciá-lo.
Investigação por suposto envolvimento em conspiração
Bolsonaro é condenado pela PF como autor e futuro executor do golpe de estado, que envolveria a morte do presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, além do ministro do STF, Alexandre de Moraes, junto à tomada do poder executivo por parte de um grupo contendo 37 militares, incluindo o ex-presidente. Contudo, a defesa de Bolsonaro afirma que a sentença de prisão do mesmo seria “injusta e partidária”, e que é necessário o julgamento por parte de uma corte imparcial, sem que haja desafetos pessoais envolvidos no processo.