O ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou nesta segunda-feira (13) “profundo alívio e gratidão” após o anúncio do cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação dos últimos 20 reféns vivos do Hamas. Em comunicado divulgado no X, Biden destacou a importância humanitária do acordo e enfatizou o sofrimento de civis israelenses e palestinos ao longo do conflito. O tom conciliador do texto chamou a atenção por buscar unidade em um momento de extrema tensão política global.
“Um inferno inimaginável” e esperança de reconstrução
Na publicação, Biden afirmou estar “profundamente grato e aliviado por este dia ter chegado”, ressaltando a dor enfrentada pelas vítimas do conflito. O ex-presidente afirmou ainda, através de sua rede X, que não consegue nem imaginar o inferno que os últimos 20 reféns vivos devem ter passado, mas que, felizmente, eles finalmente se reencontrariam com suas famílias. Biden também citou os civis em Gaza que sofreram perdas gigantescas e finalmente terão a chance de recomeçar e reconstruir suas vidas com o cessar-fogo. As palavras do ex-presidente ecoaram entre diplomatas e observadores internacionais como um gesto de empatia e compromisso com a paz.
Em um movimento incomum na política americana recente, Biden fez questão de elogiar Donald Trump pelo papel desempenhado nas negociações que levaram ao cessar-fogo. “O caminho para este acordo não foi fácil. Meu governo trabalhou incansavelmente para trazer os reféns de volta para casa, levar alívio aos civis palestinos e encerrar a guerra. Elogio o presidente Trump e sua equipe por seu trabalho para levar um novo acordo de cessar-fogo até a linha de chegada”, afirmou. O gesto foi interpretado como uma tentativa de reforçar a importância da diplomacia acima das divisões partidárias.
Trump anuncia cessar-fogo entre Israel e Hamas (Vídeo:reprodução/YouTube/@uol)
Diplomacia e reconstrução no Oriente Médio
Biden também sublinhou o papel dos Estados Unidos na mediação do processo e defendeu a continuidade do diálogo regional. Segundo ele, o cessar-fogo representa uma oportunidade para reconstrução e estabilidade. “Agora, com o apoio dos Estados Unidos e do mundo, o Oriente Médio está em um caminho para a paz que espero que perdure e para um futuro para israelenses e palestinos com medidas iguais de paz, dignidade e segurança”, concluiu. O posicionamento foi amplamente visto como uma reafirmação da política externa americana voltada à cooperação multilateral.
A declaração de Biden teve forte repercussão tanto em Washington quanto no cenário internacional. Analistas apontam que o reconhecimento público a Trump pode sinalizar uma estratégia de distensão política interna, ao mesmo tempo em que reforça o papel dos Estados Unidos como mediador central nas crises do Oriente Médio. O cessar-fogo, embora celebrado, ainda levanta dúvidas sobre sua durabilidade e sobre os próximos passos para garantir uma paz sustentável entre israelenses e palestinos.
