Câmara aprova castração química como punição para condenados em definitivo por pedofilia

Câmara dos deputados aprova pena de castração química para pedófilos

14 dez, 2024
Foto destaque: Plenário da Câmara (reprodução/Wilson Dias/Agência Brasil)
Foto destaque: Plenário da Câmara (reprodução/Wilson Dias/Agência Brasil)
Visão geral do plenário da câmara dos deputados

Nesta quinta (12), o congresso aprovou, a proposta de aplicar a castração química como parte da pena para indivíduos condenados por estupro de menores de idade. O projeto foi anunciado após um plebiscito contendo 267 votos favoráveis ao projeto, contra 85 contrários. A pauta, que faz parte de uma série de medidas ligadas a questões de segurança pública, ainda seguirá para votação no senado. – Fonte: g1.


Médicos segurando em mãos injeção e um frasco contendo uma substância, fazendo alusão ao momento da castração
Procedimento será através de medicamentos que bloqueiam hormônios sexuais (Foto: reprodução/Depositphotos)

Entenda como funciona o projeto

A punição será aplicada em casos de condenação, em definitivo, pelos crimes envolvendo casos pedofilia (condutas sexuais que envolvam menores de idade), em ocasiões como:

  • Gravação, venda, compra e divulgação de conteúdo de conotação sexual com participação de menores
  • Aliciamento de menores
  • Estupro de vulnerável
  • Prostituição infantil

O procedimento será realizado por meio de medicamentos que bloqueiam a libido do agressor, atuando diretamente na inibição de hormônios relacionados ao desejo sexual. O objetivo principal é reduzir ou eliminar impulsos sexuais, teoricamente não o levando a tomar tais atitudes criminosas novamente no futuro. Porém, é importante ressaltar que a castração não seria obrigatória, sendo utilizada apenas para a possibilidade de mudança no cumprimento da pena.


Câmara aprova castração química como punição para condenados em definitivo por pedofilia
Deputado Federal Chico Alencar, que se manifestou contra o projeto (Foto: reprodução/Site oficial PSOL-RJ)

Proposta foi questionada por parte da base governista

A posição política ligada ao atual líder do poder executivo se posicionou contra o projeto, alegando que a medida seria ineficaz, dando brecha para erros judiciais, além de não necessariamente ter sucesso em prevenir os abusos.

Nas redes sociais, o deputado filiado ao PSOL, Chico Alencar, publicou uma nota criticando e condenando a aprovação:

Uma discussão desse tipo precisa ser feita de maneira séria, não embutida como emenda numa matéria alheia ao assunto. O criminoso sexual não ataca apenas pela relação sexual. É sobre relações de poder, e pode acontecer com ou sem uso do órgão genital e independente de libido”, opinou

O projeto foi idealizado pelo deputado Ricardo Salles (NOVO), em meio a debates realizados no plenário.

Mais notícias