Câmara aprova castração química como punição para condenados em definitivo por pedofilia

Projeto prevê diminuição dos casos de estupro, por meio do bloqueio de impulsos sexuais dos agressores

Caio Guto Por Caio Guto
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Foto destaque: Plenário da Câmara (reprodução/Wilson Dias/Agência Brasil)

Nesta quinta (12), o congresso aprovou, a proposta de aplicar a castração química como parte da pena para indivíduos condenados por estupro de menores de idade. O projeto foi anunciado após um plebiscito contendo 267 votos favoráveis ao projeto, contra 85 contrários. A pauta, que faz parte de uma série de medidas ligadas a questões de segurança pública, ainda seguirá para votação no senado. – Fonte: g1.


Médicos segurando em mãos injeção e um frasco contendo uma substância, fazendo alusão ao momento da castração
Procedimento será através de medicamentos que bloqueiam hormônios sexuais (Foto: reprodução/Depositphotos)

Entenda como funciona o projeto

A punição será aplicada em casos de condenação, em definitivo, pelos crimes envolvendo casos pedofilia (condutas sexuais que envolvam menores de idade), em ocasiões como:

  • Gravação, venda, compra e divulgação de conteúdo de conotação sexual com participação de menores
  • Aliciamento de menores
  • Estupro de vulnerável
  • Prostituição infantil

O procedimento será realizado por meio de medicamentos que bloqueiam a libido do agressor, atuando diretamente na inibição de hormônios relacionados ao desejo sexual. O objetivo principal é reduzir ou eliminar impulsos sexuais, teoricamente não o levando a tomar tais atitudes criminosas novamente no futuro. Porém, é importante ressaltar que a castração não seria obrigatória, sendo utilizada apenas para a possibilidade de mudança no cumprimento da pena.


Deputado Federal Chico Alencar, que se manifestou contra o projeto (Foto: reprodução/Site oficial PSOL-RJ)

Proposta foi questionada por parte da base governista

A posição política ligada ao atual líder do poder executivo se posicionou contra o projeto, alegando que a medida seria ineficaz, dando brecha para erros judiciais, além de não necessariamente ter sucesso em prevenir os abusos.

Nas redes sociais, o deputado filiado ao PSOL, Chico Alencar, publicou uma nota criticando e condenando a aprovação:

Uma discussão desse tipo precisa ser feita de maneira séria, não embutida como emenda numa matéria alheia ao assunto. O criminoso sexual não ataca apenas pela relação sexual. É sobre relações de poder, e pode acontecer com ou sem uso do órgão genital e independente de libido”, opinou

O projeto foi idealizado pelo deputado Ricardo Salles (NOVO), em meio a debates realizados no plenário.

Por Caio Guto
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Carioca da gema de 20 anos, atualmente sou graduando em Publicidade e Propaganda, almejando ainda cursar Jornalismo, após o término do curso atual. No geral, me considero uma pessoa criativa, com imensa paixão pela escrita, que se manifesta em diferentes formas, incluíndo principalmente músicas e poemas autorais. Dentro do âmbito jornalístico, o universo esportivo é uma das minhas grandes inspirações, sobretudo o nosso querido futebol. Além disso, sou também fascinado pelo mundo da música e dos videogames, que alimentam minha curiosidade e criatividade, ao mesmo tempo que me proporcionam momentos únicos.
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