Carro usado no assassinato de Marielle monitorou ex-presidente do Salgueiro, desafeto do bicheiro Bernardo Bello

Alice Accioly Por Alice Accioly
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Foto destaque: Regina Celi foi presidente do Salgueiro entre 2008 e 2018 (reprodução: G1)

Ronnie Lessa, preso por envolvimento com o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, afirmou, durante delação, que o mesmo carro usado para monitorar a vereadora foi usado para observar a ex-presidente do Salgueiro, Regina Celi Fernandes Duran. Segundo Lessa, o bicheiro Bernardo Bello, considerado chefe da contravenção do Rio de Janeiro, entrou em contato com ele para encomendar a morte da ex-presidente.

Entenda a ligação dos casos

O caso da planejamento da morte de Regina Celi veio à público com a delação do ex-PM Élcio de Queiroz, preso também por estar envolvido com o assassinato de Marielle. Durante sua delação, Queiroz declarou que Bello ofereceu um celular, o carro que seguiu a vereadora no dia 14 de março de 2018. Além disso, o ex-PM disse que o bicheiro teria sido o mandante da morte da política.

No entanto, Ronnie Lessa apresentou outra versão do envolvimento do contraventor em sua delação. Lessa afirmou que foi contratado pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão para matar Marielle e contratado por Bello para matar Regina Celi. No depoimento, o ex-sargento da PM disse que usou o mesmo carro, um GM Cobalt prata, para vigiar a vereadora e Celi entre os dias 1º, 2, 7 e 17 de fevereiro de 2018. 


bicheiro bernardo bello
Bernardo Bello encomendou morte de ex-presidente da escola de samba Salgueiro (foto: reprodução/ Globoplay)

Ainda durante a delação premiada, Lessa explicou que por causa de problemas com logística o assassinato de Regina não foi concretizado. O ex-sargento afirmou também que cogitou em negar a proposta de matar Celi, já que o pagamento dos Brazão seria mais vantajoso, mas cedeu por pressão do contraventor.

Caso Marielle Franco

No último domingo (24), veio à tona os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco com a quebra do sigilo do inquérito da Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes do Superior Tribunal Federal (STF). O inquérito aponta que Domingos Brazão e Chiquinho Brazão idealizaram o crime e o delegado Rivaldo Barbosa participou e atrapalhou as investigações. Rivaldo assumiu o comando da Polícia Civil do Rio de Janeiro um dia antes do assassinato de Marielle.

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