60% dos brasileiros afirmam que perderam algum amigo ou parente próximo para a covid-19

Antonio Neto Por Antonio Neto
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Em dois anos e meio de pandemia, com 673 mil mortes, 178 mil casos nas últimas semanas, enxurradas de desinformação vindas de um líder político. A situação da covid-19 no Brasil ainda é preocupante, casos aumentando, variantes com potencial grande de disseminação e a segunda onda foi ainda maior que a primeira. 

Pelo menos 60% da população brasileira (211 milhões de habitantes) afirma que haviam proximidades com familiares ou amigos próximos que morreram em decorrência do coronavírus. Outros 40% responderam negativamente. Os dados são da pesquisa “A cara da democracia” que realizou entrevistas presenciais em todas as regiões do Brasil.


Segundo o Ministério da Saúde, Brasil chegou a 678 mil mortes causadas pela covid-19 em toda a pandemia (Foto/Reprodução: UOL)


Ao longo da pandemia, Jair Bolsonaro (PL) teve o discurso de promover remédios ineficazes no combate a doença, sabotou medidas do distanciamento social que foram aplicados em todos os países com o intuito de frear a disseminação da doença, o presidente pode ter um alto custo a ser pago para os 60% de seus eleitores que perderam familiares ou amigos para a covid-19. 

A pesquisa foi feita pelo Instituto da Democracia (INCT/IDDC), com 2538 entrevistas em 201 cidades, em todas as regiões do país. A margem de erro total é de 1,9 ponto porcentual, e o índice de confiança é de 95%. INCT/IDDC, com as universidades Unicamp, UFMG, UnB e Uerj/CNPq/Fapemig. A edição deste ano está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-08051/2022

Os efeitos da pandemia de Covid-19 fazem parte do índice que chegou a 55% dos que dizem não votar no presidente de jeito nenhum, segundo a pesquisa do Datafolha divulgada no fim de junho. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem 35% de rejeição entre os brasileiros.

Situação da covid-19 no Brasil e no mundo  

Segundo os dados da Universidade Johns Hopkins, o novo coronavírus já infectou mais de 550 milhões de pessoas em todo o mundo. O marco é alcançado mais de dois anos e meio após o surgimento na cidade chinesa de Wuhan, em dezembro de 2019. O número de mortes pela doença no mundo já ultrapassou 6,3 milhões.

Quando chegou no Brasil, em março de 2020, o coronavírus se espalhou rapidamente. Pouco mais de dois anos e meio depois da chegada da pandemia no país, foi alcançada a assustadora marca de 673 mil mortes.

 

Foto de Destaque/Reprodução: Olhar Digital

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