Brasileiro desaparecido após ataque em Israel tem morte confirmada

Pedro Ribeiro Por Pedro Ribeiro
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O jovem brasileiro Ranani Glazer, de 24 anos, que estava na festa rave Universo Paralello, atacada por homens armados do grupo terrorista palestino Hamas, foi encontrado morto, segundo informações repassadas à imprensa pela tia dele na noite da última segunda-feira (9). Ela afirmou que os militares israelenses foram até a casa do pai de Ranani para confirmarem o paradeiro, mas que ainda não havia informações sobre em qual local e situação o corpo foi achado.

Natural do Rio Grande do Sul, o jovem estava acompanhado da namorada, Rafaela Treistman, e do amigo, Rafael Zimerman, quando a festa, que acontecia no deserto de Negev, a 5 quilômetros da Faixa de Gaza, teve a eletricidade cortada ao mesmo tempo em que sons de foguetes começaram a soar logo cedo. Logo em seguida, cerca de 50 integrantes da facção palestina invadiram o local, lançando granadas e disparando tiros contra os presentes.


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>O brasileiro que está desaparecido gravou esse stories dentro de um bunker depois de fugirem da Rave.<br><br>Parece que bombardearam o local e só alguns saíram vivos. <a href=”https://t.co/7bMIjs8HRy”>pic.twitter.com/7bMIjs8HRy</a></p>&mdash; Otavio (@otavi0XI) <a href=”https://twitter.com/otavi0XI/status/1710780363746730370?ref_src=twsrc%5Etfw”>October 7, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>


Tentativas de fuga e sensação de sufocamento

Em entrevista à CNN, Rafaela relatou que os três conseguiram sair do evento e se refugiar em um bunker que encontraram ao lado de um ponto de ônibus. No entanto, a superlotação do local teria sido determinante para que o efeito das bombas de gás lançadas contra o abrigo deixasse a situação ainda mais instável, levando-os a usar os corpos de pessoas já falecidas como escudo de proteção.

Já o amigo do casal contou ao jornal O Globo que, a partir dali a sensação era de extremo sufocamento, devido às limitações do ambiente. “(Os integrantes do Hamas) jogaram gás para todo mundo morrer asfixiado, e foi quando comecei a pedir a Deus para sobreviver. Eu me senti em Auschwitz”, contou o jovem, que teve alta no último domingo.

Dor da perda e alto número de feridos

Rafael contou que, ao deixarem o abrigo e se depararem com as viaturas policiais, perceberam que Ranani estava ausente. “Quando vi a Rafaela, só pensava em cuidar dela. Sair sem o Ranani foi uma dor imensa para ela“, relatou o sobrevivente de um ataque que já contabiliza cerca de 260 vítimas.

Foto destaque: Ranani Glazer. Reprodução/Instagram/@reineinai

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