China solicita retomada de acordo de paz entre Rússia e Ucrânia

Nathália Siqueira Por Nathália Siqueira
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Em documento oficial, o Ministério das Relações Exteriores da China, descreve 12 pontos para solução política dos conflitos da Ucrânia e Rússia, que nesta sexta (24), completam um ano. Através deste arquivo, a China pede que os países conflitantes retomem as negociações de paz o mais rápido possível, e que não utilizem armas nucleares.

A posição da China faz parte do objetivo do país de se manter neutro e de ser um mediador de paz. Porém, na semana anterior, A China e Rússia ensaiaram o que pode vir a ser uma possível parceria. O que, na visão ocidental, pode significar que Pequim apoie Moscou na guerra este ano, fazendo da China, talvez não tão neutra assim. A neutralidade da China é prejudicada ainda por sua recusa em nomear de invasão os conflitos.

Ainda sobre a parceria entre China e Rússia, Vladimir Putin, presidente da Rússia, defendeu uma parceria com Pequim contra o ocidente nesta terça (21). Este posicionamento do presidente, foi o primeiro do gênero desde o início da Guerra contra a Ucrânia. Após o comunicado do presidente russo, representantes chineses, afirmaram que o líder do país, Xi Jinping, irá a Moscou para uma reunião com Putin, dentre os próximos meses. 

Na quarta-feira (22), Wang Yi, chefe da diplomacia da China, se encontrou com Putin e seu ministro na capital russa, a fim de apresentar uma solução política para a guerra do leste europeu.


Líder Chinês, Xi Jinping, durante discurso no grande salão chinês, em Pequim (Reprodução/Li Xueren/Xinhua)


Posição da Ucrânia frente ao documento

Em um primeiro momento a Ucrânia viu o documento chinês com bons olhos, porém, esperavam mais da China. A Encarregada de Negócios da Ucrânia para a China, Zhanna Leshchynska, afirmou que a China deveria se encontrar com ambos os labos, e não apenas com a Rússia. De acordo com ela, só assim a China manteria sua posição de neutralidade.

Quanto ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quinta-feira (23), que ainda não havia lido o arquivo sobre as negociações de paz, porém gostaria de reunir com representantes da China, para discutir a proposta, antes de apresentar suas opiniões. “Acho que é um fato muito positivo em geral que a China comece a falar sobre a Ucrânia e a enviar sinais”, afirmou ainda.

Foto destaque: Wang Yi e Putin em reunião no Kremlin, em Moscou. Reprodução/Anton Novoderezhkin/Sputnik/AFP

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