A Alemanha vem sofrendo há anos com a escassez de mão de obra, não é de hoje que busca trabalhadores em outras nações da União Europeia. Agora, porém, vem vindo uma mudança na política de imigração que tornará mais fácil a chegada de não europeus. A imigração será relaxada para quem atende a ao menos três destes quatro critérios:
– Ter diploma universitário;
– Conhecimento do idioma alemão ou vivência no país;
– Três anos de experiência profissional;
– Mais jovem que 35 anos de idade.
Além disso, os interessados deverão provar que podem pagar suas despesas no país até encontrarem um emprego. A intenção do ‘green card’ alemão, um sistema baseado em pontos, foi revelada em setembro por Hubertus Heil, ministro federal do Trabalho e Assuntos Sociais.
A diferença do green card americano
O visto americano. (Foto: kstudio/Reprodução/Freepik)
Diferente do green card que já existe, os estrangeiros poderão procurar emprego já na Alemanha, o que não é permitido em muitos países, onde é necessária uma oferta de trabalho para dar entrada no visto. A previsão é de lançamento ainda neste ano.
O motivo dessa mudança na lei, é o envelhecimento da população do país. Vão sair do mercado de trabalho, muito mais pessoas do que vão entrar, como já é visto acontecendo em outros países da Europa.
“A escassez de trabalhadores qualificados e o declínio da população jovem na Alemanha, que já dificultavam o desenvolvimento da economia alemã antes da crise, agora se transformaram em escassez de mão de obra“, diz Wido Geis-Thöne, economista sênior da política familiar e questões de migração do Instituto Econômico Alemão (IW).
Segundo Thomas Renner, porta-voz da Associação das Câmaras de Comércio e Indústria Alemãs (DIHK), os setores de construção, transportes, hotelaria, saúde e serviços sociais, bem como os prestadores de serviços tecnológicos, são os mais afetados.
De acordo com o ministro Hubertus Heil, a quantidade de documentos emitida será limitada e irá de acordo com as necessidades do mercado de trabalho.
Foto Destaque: Bandeira da Alemanha. Reprodução/Ingo Joseph