Donald Trump teve uma ação de difamação rejeitada nesta segunda-feira (07). O processo foi movido contra a escritora E. Jean Carroll, que ganhou um outro processo anterior de difamação e agressão sexual contra o ex-presidente em maio e recebeu U$5 milhões (cerca de R$24 milhões).
Carroll tinha acusado Trump de estupro, no entanto ele não foi condenado. Porém, a escritora afirmou em entrevista para rede de televisão que o estupro havia sim acontecido, o que levou o bilionário a processá-la. Apesar disso, o juiz Lewis Kaplan desconsiderou o argumento, afirmando que as declarações de Carroll eram, no mínimo, “substancialmente verdadeiras” e que Trump não comprovou que houve malícia em sua fala.
Carroll saindo do tribunal após veredito do júri. (Foto: Reprodução/Reuters/Brendan Mcdermid)
A resposta do juiz à Trump
A acusação reconhecida como verdadeira pelo júri foi a de que Trump teria enfiado um dedo na genitália de Carroll, e não o próprio órgão genital, o que não foi reconhecido como estupro. Contrariamente a isso, Kaplan argumentou que, “na realidade, estes dois atos constituem um ‘estupro’ em linguagem comum, segundo a definição de alguns dicionários, no Direito Penal Federal e de outros estados”. Carroll ainda está movendo um segundo processo contra Trump, aberto cerca de duas semanas após a sentença do primeiro.
Histórico legal de Trump
Trump tem se envolvido em diversos processos desde que saiu da presidência, em 2021, incluindo em relação aos ataques terroristas no Capitólio, causados em janeiro daquele ano por seus apoiadores. Também foi acusado de tentar reverter o resultado das eleições que perdeu para Joe Biden, atual presidente. Além disso, já foi diversas vezes réu em processos de estupro e de abuso sexual. O ex-presidente ainda pretende candidatar-se para o cargo, novamente, em 2024, se não for impedido, e lidera as preliminares de representação do partido republicano.
Foto destaque: Fotografia de Donald Trump. Reprodução/Reuters/Sam Wolfe.