Dose de reforço de CoronaVac quase triplica anticorpos contra Delta, diz estudo

Kimberly Ferraz Por Kimberly Ferraz
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Diminuindo as preocupações sobre a resposta imune a longo prazo a uma cepa altamente contagiosa do Covid-19, a Delta, foi realizado um estudo na China que mostra que a dose de reforço da CoronaVac, a vacina contra a Covid-19 produzida pelo laboratório chinês Sinovac, reverteu uma caída nas atividades de anticorpos contra a variante mais transmissível, que foi originada na Índia e já é predominante em São Paulo e no Rio de Janeiro.

No domingo (4), foi publicado o estudo antes de uma revisão por pares, a partir desse estudo, após seis meses que tomarem a segunda dose da CoronaVac, não foram detectadas atividades dos anticorpos neutralizantes contra a Delta nas amostras coletadas de pessoas vacinadas. Entre tanto, detectou uma potência neutralizante de 2,5 vezes maior contra Delta em relação a quatro semanas após em que recebeu o reforço , comparando com o nível observado no mesmo período, logo após a segunda injeção, declaram os pesquisadores. A pesquisa não deixou claro como essas mudanças específicas na atividade dos anticorpos vão contribuir na eficácia da vacina CoronoVac na prevençao contra a variante Delta.

Foram analisadas amostras de 66 participantes, englobando 38 voluntários que receberam duas ou três doses da vacina.

 


(Reprodução/ Época)


No Brasil, a vacina fabricada pelo Instituto Butantan, vem preocupando por sua eficácia contra a Delta, a variante que dominou globalmente dentre outras e está promovendo uma alta nas infecções mesmo em  países onde a vacinação está mais avançada. E em muitos países que ultilizaram a CoronaVac começaram a aplicar as doses reforço desenvolvidas por fabricantes ocidentais em pessoas totalmente vacinadas com a vacina da Sinovac.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) está planejado enviar cerca de 100 milhões de doses das vacinas dos laboratórios da Sinovac e Sinopharm até o final deste mês, sobretudo para países da África e da Ásia, em sua primeira entrega de vacinas chinesas. Ainda sim, alguns países rejeitaram a CoronaVac, apontando a falta de dados sobre a eficácia contra a Delta.

Foto destaque: Istoé

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