Em vídeo, Israel nega autoria de ataque em hospital na Faixa de Gaza

Sofia Souza Por Sofia Souza
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Nesta última terça-feira (17), as Forças de Defesa de Israel (FDI) publicaram um vídeo nas redes sociais negando autoria de bombardeamento sobre hospital Ahli-Arab, localizado no centro da Faixa de Gaza. O Ministério da Saúde palestino afirmou que centenas de pessoas foram mortas no ataque, entre enfermos e pessoam que usavam o hospital como abrigo. O Hamas acusa Israel de atirar míssel que atingiu o local. 

Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), afirmou que de acordo com as imagens do bombardeamento, o foguete que atingiu o hospital Ahli-Arab não faz parte do arsenal israelense. Além disso, o porta-voz declarou que no momento do ataque não haviam tropas de Israel operando pela região. Para a FDI, a Jihad Islâmica, grupo aliado aos Hamas, teria sido responsável pelo bombardeamento. 

De acordo com a agência Reuters, o porta-voz da Jihad Islâmica Palestina negou que o ataque desta última terça-feira (17) tenha partido do grupo.

Vídeo retirado das redes sociais

Após a confirmação do bombardeamento em hospital  no centro da Faixa de Gaza, o governo de Israel publicou e, logo em seguida, despublicou vídeo do momento em que Ahli-Arab teria sido atacado.

O vídeo teria sido retirado do ar após jornalista do The New York Times alertar que o horário do vídeo publicado nas redes sociais do governo de Israel não era compatível com o momento em que o hospital foi atacado. Segundo o jornalista, Ahli-Arab teria sido bombardeado pelo menos 40 minutos antes do horário divulgado no vídeo do governo israelense. 

Ao ser questionado pela revista americana Newsweek, o Exército israelense disse que nada foi publicado por eles sem ter sido verificado e disse que não pode comentar o que foi publicado por outras áreas do governo.


Imagem do vídeo despublicado pelo governo de Israel. (Foto:Reprodução/Jornal Nacional)


Bombardeio em hospital de Gaza

Um míssil atingiu o hospital Ahli Arab, localizado no centro da Faixa de Gaza, nesta última terça-feira (17). O ataque matou ao menos 500 pessoas, este número pode aumentar devido à possibilidade de corpos entre os escombros. 

“Um novo crime de guerra cometido pela ocupação no bombardeamento do Hospital Ahli Arab, no centro da Cidade de Gaza, resultando na chegada de dezenas de mártires e feridos ao Complexo Médico Al-Shifa devido ao bombardeamento”, destaca nota divulgada pelo Ministério da Saúde palestino, alegando que Israel teria sido responsável pelo caso.

O comunicado também completa que o hospital bombareado abrigava “centenas” de pacientes, feridos e pessoas deslocadas “à força” de suas casas devido aos ataques aéreos.  

 

Foto destaque: Ataque em hospital Ahli Arab, no centro da Faixa de Gaza, deixa centenas de mortos. Reprodução/Dawood Nemer/AFP

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