As forças de segurança do Equador sequem em força-tarefa para combater as ações de grupos criminosos. Nesta quarta-feira (10), as Forças Armadas divulgaram que o país já mobilizou 22 mil agentes da Polícia Nacional e das Forças Armadas, o que resultou em cinco criminosos mortos e mais de 300 pessoas presas suspeitas de conexão com narcotráfico. O conflito se intensificou após o presidente Daniel Noboa declarar guerra as facções criminosas do país.
Ação conjunta da polícia e exército
De acordo com informações divulgadas pelo chefe das Forças Armadas do Equador, Almirante Jaime Vela, a maioria das pessoas presas nos últimos dias tem ligação aos grupos “Tiguerones”, “Los Choneros” e “Los Lobos”. O Almirante revelou também que o trabalho coletivo dos serviços de inteligência do Exército e da Polícia Nacional são essenciais para conduzir a captura de criminosos e resgate de reféns, ao todo, 41 pessoas já foram resgatadas, incluindo o brasileiro Thiago Allan Freitas, libertado na última quarta-feira.
Exército patrulham as ruas de Quito, no Equador (foto: reprodução/Dolores Ochoa/AP/G1)
Após ações das autoridades, um vídeo foi divulgado nas redes sociais mostrando o chefe da facção de Pichincha, Fabricio Colon Pico. As falas do vídeo são direcionadas ao presidente Daniel Noboa, nele, Fabricio diz que quer se entregar, pois corre risco de vida. O suspeito fugiu da prisão há dois dias. O presidente fez um anúncio dizendo que não vai negociar com terroristas.
Nas ruas da capital a movimentação começou a aumentar, mas, a população segue com a incerteza se já é seguro ou não. Já em Guayaquil, as ruas permanecem desertas e o transporte público continua escasso.
Conflito violento
A crise no país começou na última segunda-feira (8), após o criminoso José Adolfo Macías conhecido como “Fito” fugir da prisão, chefe dos “Los Choneros” uma das facções mais perigosas do Equador.
Após sua fuga, dezenas de ataques foram feitos em algumas cidades do país, hospitais, escolas e transportes públicos foram fechados. O governo criou toque de recolher e conta com a ajuda da polícia e do Exército para conter a onda de violência que vem assolando o país.
Foto destaque: forças Armadas nas ruas de Guayaquil no Equador (reprodução/REUTERS/Vicente Gaibor del Pino/ CNN Brasil)