A ONU anunciou que os informes de que túmulos coletivos encontrados na cidade de Izyum, na Ucrânia, serão investigados por monitores de Direitos Humanos da ONU. A informação é de que há 440 corpos na vala comum na cidade antes ocupada pelos russos.
Tais informes chegaram a ONU e a comunidade internacional após Izyum, antes ocupada por tropas russas, ter sido liberada graças a ofensiva ucrâniana no leste do país. “Eles (monitores) pretendem ir lá para tentar entender um pouco mais sobre o que pode ter acontecido”, disse Liz Throssell, a secretária de Direitos Humanos da ONU, em entrevista à imprensa em Genebra, sem dar um prazo. Porém, ainda não se sabe se os corpos são de soldados ou civis, e se morreram de causas naturais ou por conta da guerra, e nem se estão todos reunidos em uma grande vala comum ou em pequenas valas individuais.
Cadáveres encontrados na floresta de Izyum. Reprodução/R7
Liz relembra que as valas comuns são algo que apareceram bastante na batalha do cerco de Mariupol, e que “era o caso de averiguar se as pessoas tinham morrido de causas naturais porque não conseguiram tratamento“.
Em Izyum, o exército russo montou uma plataforma de lançamento para ataques ao Sul na região de Donetsk e Kupyansk, cerca de 48 quilômetros ao norte da cidade, e como um centro ferroviário para reabastecer suas forças.
As forças ucranianas retomaram o dominío da cidade no sábado (10), em uma contra-ofensiva militar estratégica na frente de guerra ao leste do país, e que vem sendo noticiada como uma possível virada da guerra a favor dos ucranianos.
Em uma coletiva de imprensa em Geneva, no mês de maio, a chefe da missão de monitoramento, Matilda Bogner, disse ao veículo de informação oficial da ONU que muitos ucranianos continuam procurando seus familiares e amigos desaparecidos, que são em sua maioria homens jovens. Alguns foram levados à Belarus, cujo regime é aliado de Putin, e depois à Russia.
Foto Destaque: Membro do exército russo na região sul da Ucrânia. Reprodução/R7