Segundo estudos científicos de pesquisadores integrantes do projeto Globe at Night, pelo Laboratório Nacional de Pesquisa em Astronomia de Infravermelho Óptico dos EUA, uma criança nascida em um lugar onde 250 estrelas são visíveis à noite, hoje só conseguiria ver cerca de 100 aos 18 anos. Os cientistas descobriram que a explicação está na Terra, pois o uso indevido de iluminação externa, como postes de iluminação pública, publicidade e locais esportivos iluminados está cegando nossa visão das estrelas. Em 2016, os astrônomos relataram que a Via Láctea não era mais visível para um terço da humanidade e a poluição luminosa piorou consideravelmente desde então. Dessa forma, a maioria das constelações ficariam difíceis de decifrar em 20 anos.
O astronomo real e lorde, Martin Rees, um dos fundadores do grupo científico parlamentar que reúne todos os partidos, realizou um relatório pedindo uma série de medidas para combater a grande poluição luminosa. Em seus comentários na internet, afirma que “o céu noturno faz parte do nosso meio ambiente e seria uma grande privação se a próxima geração nunca o visse, assim como seria se nunca vissem um ninho de pássaro“.
Ceu estrelado. (Foto: Reprodução/FOTO DE VW PICS, UNIVERSAL IMAGES GROUP/GETTY IMAGES]
Além disso, em janeiro, foram confirmados alertas de resultados em outros estudos do projeto Globe at Night, no laboratorio de pesquisa de Astronomia dos EUA, sobre uma grande mudança no brilho global do céu devido à luz artificial. Os pesquisadores utilizaram observações estelares, de 2011 a 2022, sendo enviados mais de 51.000 “cientistas cidadãos” por todo o planeta terra, que receberam mapas estelares e bastante auxílio para fazer uma comparação do céu com a localização deles em si. Houve também uma mudança no número de estrelas vistas, com um aumento anual de 9,6% ao ano no brilho do céu, tomando como base o local onde os participantes estavam.
De acordo com pesquisadores, as estrelas “comeriam” os planetas e o mesmo aconteceria com a Terra, mas ainda não está comprovado, não passa de especulações. É certo que a poluição luminosa está diminuindo a claridade do céu noturno, algo que precisa ser solucionado.
Foto Destaque: Céu sem estrelas. Reprodução/Julio Cézar Winkle/Instituto Porunã