O governo dos Estados Unidos não planeja o envio de tropas após os ataques do grupo Hamas a Israel, mas pretende proteger os interesses dos EUA na região, afirmou um porta-voz da Casa Branca nesta segunda-feira, 9. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, mencionou a possível cumplicidade do Irã no apoio ao Hamas, mas afirmou que não há evidências claras de envolvimento direto do Irã nos ataques.
Estratégias diplomáticas
Kirby declarou que a Casa Branca espera receber pedidos adicionais de segurança de Israel e se esforçará para atendê-los rapidamente. Ele também observou que ainda é cedo para dizer que as relações entre Arábia Saudita e Israel foram interrompidas, mas a diplomacia nesse sentido deve ser incentivada.
Os Estados Unidos estão fornecendo um aumento no fornecimento de defesas aéreas, armamentos e assistência de segurança para Israel. Segundo uma autoridade de alto escalão do departamento de defesa, os Estados Unidos estão em contato constante com Israel para atender às necessidades urgentes.
A autoridade dos EUA afirmou que Washington está tomando medidas para acelerar os pedidos de assistência de segurança de Israel e avaliando seus próprios estoques militares para preencher eventuais lacunas. Além disso, enfatizou que os Estados Unidos podem continuar a apoiar tanto a Ucrânia quanto Israel, mantendo a prontidão global das Forças Armadas.
Presidente americano Joe Biden. (Foto: Reprodução/AFP)
Vítimas
O ataque surpresa do Hamas contra Israel no sábado resultou em centenas de vítimas israelenses e dezenas de reféns. Israel declarou guerra em resposta, e a escalada da violência ameaça desencadear um conflito de grande proporção no Oriente Médio.
Uma autoridade sênior dos EUA comparou o ataque do Hamas ao “nível de brutalidade do Estado Islâmico (ISIS)”, em consonância com as declarações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que fez a mesma comparação. O presidente dos EUA, Joe Biden, informou que pelo menos 11 cidadãos norte-americanos morreram em Israel, e cidadãos dos EUA provavelmente estão entre os reféns do Hamas. Biden ordenou à sua equipe que colaborasse com as autoridades israelenses em todos os aspectos da crise dos reféns, incluindo o compartilhamento de inteligência.
Foto destaque: John Kirby. Reprodução/REUTERS/Leah Mills.