O governo do Estados Unidos está pressionando Israel para que as redes de comunicação de Gaza fiquem ativas e que os serviços de abastecimento de água e combustível não parem.
Influência norte-americana
Nessa segunda-feira (30), o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse em coletiva de imprensa que o EUA reforçou ao governo israelense que Gaza deve permanecer com rede de comunicação aberta e que seu pedido foi recebido. “Deixamos claro ao governo de Israel no fim de semana que as redes de comunicações precisam ser restauradas e estamos satisfeitos que eles tenham tomado medidas para fazer isso”, declarou Miller.
O porta-voz ainda afirmou que o Estados Unidos está impulsionando a garantia do fornecimento de combustível a cidade de Gaza. O governo também firmou um acordo com Israel para possibilitar a reativação de uma segunda linha de água para o território palestino, mas, de acordo com Miller, “há problemas com partes dessa linha que estão realmente danificadas”.
Suspensão dos voos fretados de Israel
O Departamento de Estado suspendeu os voos vindos de Israel para o EUA por conta de uma falta de demanda, afirmou o porta-voz. Miller declarou que houve uma grande queda pela demanda dos voos e que avião partiu de Israel no domingo (29) com apenas cinco passageiros.
Ele acrescentou que o Estado continuará fazendo levantamentos em tempo real sobre as demandas, mas a princípio o último voo fretado ocorrerá na terça-feira (31). “Notificamos a todos que o voo fretado de terça-feira (31) é o último que estamos planejando no momento, então se eles quiserem partir, agora é a hora de fazê-lo. Não espere por outro”, disse Miller.
Ataque em Gaza visto do sul de Israel. (Foto: Reprodução/REUTERS/Evelyn Hockstein/ CNN)
Contudo, os norte-americanos que se localizam na Faixa de Gaza continuam sem possibilidade de voltar ao seu país de origem. Enquanto a fronteira de Rafah permanecer fechada, o Estado Unidos não consegue enviar um avião para resgate. As autoridades americanas atribuem essa responsabilidade diretamente ao grupo Hamas.
Foto destaque: bairro residencial destruído por ataque israelense em Khan Younis, na Faixa de Gaza (Reprodução/Mohammed Salem/Reuters/G1)