Frentista que bateu em assediador, é convidada para lutar no MMA

Camila Rodrigues Por Camila Rodrigues
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Após revidar ao assédio que sofreu de um homem que a importunou sexualmente, Marian Damásio, 22, foi convidada para participar de um evento de MMA (sigla, em inglês, para artes marciais mistas). A frentista de um posto de gasolina em Porto Alegre recebeu proposta de Wallid Ismail, criador do Jungle Fight, para lutar em agosto, no Rio de Janeiro.

O caso aconteceu na manhã de domingo (15), por volta das 11h, em um posto no bairro Lomba do Pinheiro. O suposto agressor de 25 anos, já identificado pela Polícia Civil, é um cliente que costumava comprar e distribuir balas entre os frentistas, inclusive à vítima da importunação.

Imagens de uma câmera de segurança mostram que ela está sentada ao balcão da loja mexendo no celular quando o homem encosta com a mão esquerda nela sem consentimento. A frentista, então, apara sua passagem com o braço direito e inicia uma sequência de tapas, socos e uma joelhada. O homem cai duas vezes e é retirado por outros funcionários, enquanto ela é amparada por outra mulher.



Marian afirma que compartilhou a gravação para alertar outras mulheres do bairro a respeito do homem. (Reprodução/GZH)


Determinada a ser uma lutadora profissional, Marian garante que tem força e precisão, mas precisa lapidar as habilidades naturais e perder peso. “Meu marido está me apoiando, viveu tudo comigo e tenho a sorte de, agora, ele me incentivar. É uma caminhada, mas vou estar apta até o dia da luta”, conta.

A gaúcha iniciou seu processo de treinamento na tarde desta terça-feira (24). “Como sempre gostei de luta, aceitei na hora. Não é fácil, mas estou muito entusiasmada e feliz com o convite. Vou dar o meu melhor”, diz.

O Jungle Fight destina as primeiras lutas do card para atletas estreantes, com o mesmo nível, se enfrentarem. A última edição, o JFC 107, foi em São Paulo, no começo deste mês. Em agosto, o JFC 108 está marcado para o Rio de Janeiro.

 

Foto destaque: Marian derrubou assediador no soco depois de ser vítima de importunação sexual. Reprodução/Metrópoles.

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