Greve dos trabalhadores do metrô de Paris prejudica embarque de passageiros

Sara Corrêa Por Sara Corrêa
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Os passageiros do metrô de Paris enfrentaram sérios problemas nesta quinta-feira (10), porque os trabalhadores do transporte entraram em greve, e um terço das linhas fecharam completamente e a maioria está trabalhando apenas em horários de pico. 

Uma passageira esperou muito tempo para encontrar um trem para chegar em Paris, e ainda encontrou sua linha de metrô fechada.

“É muito complicado, não há transporte. Vou pegar um Uber, é uma despesa a mais, mas não tenho escolha, tenho que ir trabalhar”, disse Claude Miamo, recepcionista.

Foi solicitado pelo sindicato da CGT que os trabalhadores da França não fossem trabalhar em protesto contra as reformas previdenciárias planejadas e o aumento dos salários em meio a inflação recorde. 

Apesar de gerar consequências para milhões de pessoas que pegam o metrô de Paris, o impacto pode ser limitado, porque outros sindicatos não aderiram às paralisações depois que as convocações semelhantes nas últimas semanas não ganharam muita força.

O tráfego ferroviário mais amplo terá pequenas interrupções, e é provável que os professores abandonem os trabalhos em algumas escolas.  


Metrô de Paris. (Foto: Reprodução/France Blue)


Entretanto, a co-diretora do Solidaires, outro sindicato, Murielle Guilbert, disse à agência de notícias britânica, Reuters, que não se juntou à greve nacional porque “não sentiu que havia potencial para uma mobilização massiva sobre os salários e preferiu se concentrar em setores específicos”.

Após provocar grandes desabastecimentos nos postos de gasolinas, uma greve de semanas de duração específica do setor chamado pela CGT na TotalEnergies acabou com um acordo salarial. 

Os movimentos desta quinta-feira acontecem em meio a um clima tenso na política francesa, porque o governo, que não tem maioria direta do parlamento, usou várias vezes os poderes constitucionais especiais para aprovar o projeto de orçamento de 2023 no parlamento sem votação. 

Jordan Jean-Pierre, de 28 anos, disse, enquanto esperava seu trem: “Entendemos as razões dessas ações e preferimos apoiá-las. Mas eles escolheram o alvo errado.Estamos enfrentando os mesmos problemas que eles”.

Os sindicatos também estão concentrados na possibilidade do presidente francês, Emmanuel Macron, aprovar uma reforma previdenciária que a maioria não quer e pode disseminar protestos em massa.

 

Foto destaque: Metrô de Paris fechado. Reprodução/Yahoo Notícias.

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