A liberação das cidadãs Yelena Trupanob e Irena Tati foi feita pelo Hamas nesta quarta-feira (29). No entanto, segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), a ação não tinha sido combinada previamente com o governo de Israel. Na verdade, foi por meio de uma negociação com o Kremlin – complexo russo – que as mulheres, ambas com dupla cidadania israelense e russa, conseguiram sua liberdade.
Mais detalhes sobre a liberação das reféns
Irena e Yelena estavam sendo mantidas como reféns desde o ataque do grupo Hamas a Israel no dia 7 de outubro deste ano. Assim que chegaram em território israelense, elas foram levadas para o centro médico mais próximo para uma avaliação geral, em decorrência das condições precárias às quais foram submetidas por inúmeros dias. Militares da FDI estão acompanhando todo o processo e serão encarregados de levá-las em encontro com seus familiares em breve.
Sendo respectivamente mãe e filha, Irena e Yelena foram capturadas junto com o filho e a nora de Yelena. De acordo com o fórum de famílias desaparecidas, Sasha, de 28 anos, e Sapir Cohen, de 29 anos, permanecem mantidos em cativeiro. Segundo informações do mesmo fórum, o marido de Yelena, Vitaly, foi morto no fatídico dia do atentado.
Acordo de liberação de reféns entre Israel e Palestina
Na última quarta-feira (22), entrou em vigor o acordo assinado pelos países acerca da liberação dos reféns (tanto israelenses, quanto palestinos). A trégua estaria prevista para durar quatro dias e envolveria a liberação primeiramente de mulheres e crianças. De acordo com informações divulgadas pelo gabinete de Benjamin Netanyahu – primeiro-ministro de Israel –, a pausa no conflito estaria sujeita a sofrer prorrogações conforme o andamento do número de reféns que seriam libertos. Além disso, o combinado auxiliaria a entrada de mais ajuda humanitária na região da Faixa de Gaza.
Dois dias após a confirmação do acordo, o grupo Hamas liberou 24 pessoas – sendo elas 13 mulheres e duas crianças. Por outro lado, o governo de Israel concluiu a liberdade de 39 palestinos. Ademais, reféns estrangeiros como tailandeses e filipinos também passaram pelo processo de liberação por meio de acordos próprios com seus países de origem.
Imagens dos primeiros israelenses liberados pelo Hamas desde o atentado em outubro (Foto: reprodução/Ala Militar do Hamas via Reuters/G1)
Na última segunda-feira (27), o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, que está auxiliando no acordo de trégua entre Israel-Palestina, anunciou uma prorrogação da liberação das vítimas. Majed contabiliza que o acordo estaria sob as condições da liberação de 33 palestinos em troca de 11 israelenses. Entre os reféns palestinos, 10 eram intitulados como estrangeiros argentinos, franceses e alemães.
Foto Destaque: mãe e filha russas são liberadas pelo grupo Hamas nesta quarta-feira (29) (Reprodução/Fórum de Famílias de Reféns e Pessoas Desaparecidas/CNN Brasil)