Diana Mondino, economista cotada para assumir o Ministério das Relações Exteriores ou ter um papel de liderança na Câmara do governo Milei, causou polêmica ao comparar o casamento homoafetivo a ter piolhos, durante uma entrevista concedida no início de novembro. A comparação inapropriada levantou críticas sobre a postura do governo Milei em relação à diversidade e aos direitos LGBTQIA+.
Em sua declaração, Mondino afirmou: “Filosoficamente, como liberal, estou de acordo com o projeto de vida de cada um. É muito mais amplo do que o matrimônio igualitário. Deixe-me exagerar: se você prefere não tomar banho e ficar cheio de piolhos, e essa é sua escolha, pronto. Depois não reclame se há alguém que não gosta de você porque você tem piolhos.”
Diana Mondino (Foto: reprodução/Último Segundo)
Martín Krause e a analogia controversa com o Holocausto
Outro nome indicado para compor o governo é o economista Martín Krause, que durante um seminário na Universidade Di Tella em setembro fez uma comparação chocante. Krause criticou a falta de disciplina e compromisso dos argentinos com o trabalho, relacionando isso à eficiência alemã no Holocausto.
Krause disse: “Imaginem se, na Gestapo, tivessem sido argentinos. Não teria sido melhor? Porque, em vez de matar seis milhões de judeus, teriam sido menos. Porque teria havido propinas, ineficiências, teriam ficado dormindo…, mas eram alemães. Esse foi o problema”. Essa analogia com um dos períodos mais sombrios da história mundial gerou repúdio imediato de diversas organizações e da sociedade em geral.
Reações e preocupações
Diante dessas declarações, espera-se um posicionamento claro do presidente eleito Javier Milei em relação às atitudes e posicionamentos de seus indicados. Setores diversos expressaram preocupação com a possível influência dessas figuras no futuro governo argentino, levantando questionamentos sobre a sensibilidade e a ética desses indicados. A sociedade argentina aguarda esclarecimentos e um posicionamento firme por parte do presidente eleito, enquanto a controvérsia cresce em torno das escolhas para o alto escalão do governo.
Foto Destaque: Javier Milei (Reprodução/CNN)