Nesta quarta-feira (18), o gabinete “de guerra” do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que país não impedirá o fornecimento de suprimentos como água, alimentos e remédios oriundos do Egito.
No entanto, o comunicado também frisou que qualquer tipo de abastecimento que passar por meio do grupo Hamas será bloqueado na entrada do posto de Rafah, fronteira de Gaza com o Egito. O pronunciamento ocorreu após o encontro de Netanyahu com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Detalhes sobre encontro de Biden e Benjamin
O encontro de Joe Biden e Benjamin Netanyahu ocorreu em Tel Aviv, nesta quarta-feira (18) (Foto: Reprodução/Evelyn Hockstein/Reuters/CNN Brasil)
Em uma conferência na qual os dois líderes sentaram lado a lado, Biden demonstrou seu apoio a Israel em relação ao conflito Israel-Palestina recorrente das últimas semanas. “Venho a Israel com uma mensagem simples: você não está sozinho […] Os EUA estão com vocês para defender a liberdade, perseguir a justiça e apoiar a paz”, disse Joe. O presidente anunciou um apoio de 100 milhões de dólares para ajuda humanitária em Gaza.
Biden configurou os ataques terroristas do Hamas como “brutais, desumanos e quase inacreditáveis”, e ainda os comparou com o trágico 11 de setembro, ocorrido na cidade de Nova York, em 2001. Porém, o líder aconselhou a nação a tomar cuidado em relação às respostas do governo israelense motivadas pelo “ódio e indignação”.
“Eu aviso: no momento em que você sentir este ódio, não se deixe consumir por ele. Depois do 11 de setembro, ficamos furiosos nos Estados Unidos. Embora o que exigíamos era justiça — e obtivemos justiça — também cometemos erros”, relata Joe Biden. O governo americano ainda ressaltou acreditar na responsabilidade do “outro lado ” (isto é, algum grupo palestino) em relação ao bombardeio que atingiu o hospital Ahli Arab, em Gaza, na terça-feira (17).
Israel também se manifestou sobre a explosão no hospital, de maneira a culpabilizar o Jihad Islâmica, que rapidamente negou seu envolvimento e acusou o próprio governo israelense.
Crise humanitária na Faixa de Gaza
A população palestina oriunda da Faixa de Gaza encontra-se sem recursos como luz, água e combustível desde a medida do “cerco total”, realizada por Israel como forma de resposta ao Hamas. Segundo fontes, escolas estão sendo transformadas em espécies de abrigos comunitários, os hospitais carecem de equipamentos para seu funcionamento e suprimentos alimentares estariam acabando cada vez mais rápido.
Os constantes bombardeios deixam regiões da Faixa de Gaza completamente destruídas (Foto: Reprodução/Mohammed Salem/REUTERS/CNN Brasil)
O auxílio vindo do Egito ainda é uma questão complexa, visto que é a fronteira de Rafah é a única localidade não controlada por Israel. O governo egípcio exigiu garantias de Israel de que não haverá bombardeios na região após a abertura da passagem para os comboios de ajuda.
Foto Destaque: Caminhões com suprimentos esperam liberação da passagem de Rafah. Reprodução/Omar Aziz/AP/rfi.fr