O governo israelense divulgou, nesta quarta-feira (13), os dados de seu pior dia em perdas militares desde 31 de outubro. Mais de 10 militares foram assassinados em uma emboscada em algumas ruínas de Gaza. Além disso, o isolamento diplomático da nação vem crescendo cada vez mais.
Soldados israelenses no distrito de Shejaia, onde uma tropa foi emboscada (Foto: reprodução/Yossi Zeliger/Reuters)
Novos dados
Israel reportou a morte de 10 militares, incluindo um coronel e um tenente-coronel que comandava tropas que foram emboscadas ao tentar uma outra tropa mantida refém em Gaza. Segundo o Hamas, isso serviu para demonstrar que “Quanto mais vocês ficarem aqui, maior será a lista de seus mortos, e vocês vão emergir disso carregando sua vergonha e culpa, se Deus quiser.”
Em pronunciamento televisivo, o chefe do Hamas afirmou que qualquer outro acordo com Gaza sem o Hamas é completamente impossível e inviável. Benjamin Netanyahu, por sua vez, disse aos soldados israelenses via rádio que “vamos continuar a lutar até o fim, até a vitória, até que o Hamas seja aniquilado”.
Palestinos que conseguiram chegar a Rafah buscam tratamento médico (Foto: reprodução/Hatem Ali/The Associated Press)
Perda de apoio
Israel teve apoio de boa parte das nações ocidentais no início do conflito, quando o Hamas invadiu o país, massacrou e sequestrou pessoas pelo território sem sinal prévio. Contudo, com os avanços e investidas israelenses, alguns países começaram a demonstrar insatisfação com como o país estava lidando com a guerra.
Um dia após um apelo das Nações Unidas por um cessar-fogo, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que Israel continuaria a lutar independentemente dos apelos internacionais.
O presidente estadunidense Joe Biden, um dos principais apoiadores de Israel, afirmou que o bombardeio indiscriminado de Israel contra civis ao tentar acertar os terroristas é um erro e está custando apoio internacional, o que se vê com um posicionamento mais neutro das Nações Unidas em suas votações em relação ao conflito que se estende há mais de dois meses no Oriente Médio.
Foto destaque: prédios bombardeados em Gaza por Israel (Reprodução/Mahmud Hams/AFP)