O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse aos senadores do seu partido – Partido Liberal, PL – que está com medo de ser preso por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, foi o que afirmou Carlos Portinho, líder do governo no Senado, do PL do Rio de Janeiro. Ainda de acordo com o senador, o atual presidente, a bancada e a cúpula do PL se sentem perseguidos por Moraes.
Ainda foi sugerido pelo senador a Valdemar Costa Neto que um habeas corpus preventivo seja apresentado pelos senadores ao Supremo Tribunal Federal para que os senadores e deputados sejam protegidos em suas prerrogativas parlamentares e suas prisões sejam evitadas.
De acordo com Portinho, essa medida seria necessária por conta da suposta falta de ação do Presidente do Senado Federal do Brasil, Rodrigo Pacheco, por não para o que, segundo ele, sejam medidas exageradas e arbitrárias de Alexandre de Moraes.
“O presidente nos disse que acha que vai ser preso pelo STF. Está com medo de ser preso e nós também. Vejo isso acontecendo. Estamos sendo ameaçados pelo STF. Agora estou com medo de me posicionar na tribuna e as consequências que isso pode ter”, afirma o senador Carlos Portinho.
Senador Carlos Portinho e o Presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Twitter)
Na manhã desta quinta-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes, e a maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral, mantiveram a multa de R$22,9 milhões por litigância de má-fé, que foi imposta depois do questionamento do Partido Liberal – partido do presidente Jair Bolsonaro – sobre os resultados do segundo turno das eleições de 2022. Alexandre de Moraes também confirmou a suspensão do fundo partidário e do repasse limite a 10% do valor que a sigla recebe mensalmente.
Alexandre alegou que o partido não havia apresentado qualquer indício e provas que motivasse o pedido de instauração de uma verificação extraordinária nas urnas eletrônicas. E ainda concluiu dizendo que ele e o corregedor vão investigar o Partido Liberal.
Foto destaque: Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes. Reprodução/Jota