Nesta quinta-feira (10) o próximo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do partido dos trabalhadores discursou criticando a “estabilidade fiscal” e sobre ter meta de inflação e não para o crescimento do PIB, além de anunciar a divulgação do texto da PEC da Transição. Tais anúncios só fizeram aumentar a pressão para que Lula divulgue o mais rapidamente o nome do próximo responsável pela pasta do ministério da economia.
O que pensa os integrantes da Transição e lideranças:
Os líderes do Congresso e integrantes da equipe de transição julgam que a indicação de nome do futuro ministro traria uma certa calmaria. O senador Marcelo Castro (MDB-PI) que é o relator-geral do Orçamento, afirma que assinalação de nome que ficará a frente da Economia e Fazenda significaria “sinal importante para o mercado”, mas que não é o mais urgente no atual cenário “O fundamental é aprovar a PEC, há um clamor para que seja indicado um nome logo, mas ele precisa mais ser bem indicado do que indicado com urgência, não pode errar”, disse.
Castro é favorável à PEC da Transição no valor de R$175 bilhões o que extrapola o teto de gastos, ainda defende pacto com pessoas em insegurança alimentar “a sociedade brasileira precisa fazer um pacto de que o dinheiro das pessoas passando fome é fora do teto” afirmou Castro.
Equipe de Transição (Reprodução/Site Senado Pedro França/Agência Senado)
Questionador e crítico da proposta além de integrante da transição, Renan Calheiros (MDB-AL) reivindica que Lula cite o nome do novo ministro da Economia, além do nome para o ministério da Defesa e do coordenador da articulação política, para “acalmar o mercado”. Calheiros entende que o que “apavora” o mercado é a hipotética possibilidade de aliança com o Centrão para conseguir a aprovação a PEC, Calheiros ainda sugere que ocorra fiscalização por parte do Congresso o que ele caracteriza como “necessário reequilíbrio fiscal” para o país.
As falas do presidente eleito não foram bem recebidas pelo mercado financeiro a moeda americana dólar (comercial) na na sessão de quinta-feira, fechou em forte alta de 4,14%, cotado a R$ 5,397, já a bolsa finalizou o dia em queda de 3,35%.
Foto destaque: Lula em discurso. Reprodução: Site Senado – Roque de Sá/Agência Senado