No último fim de semana, começaram a circular vídeos onde mostram alguns estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), realizaram uma masturbação coletiva durante uma partida de vôlei feminino. Entretanto, alunas anônimas dessa faculdade relataram que esse acontecimento não é novidade para estudantes do curso.
Cena da masturbação coletiva em destaque (Foto: Reprodução/ Em Tempo)
O comportamento dos estudantes
O relato das universitárias aborda trotes opressivos dentro de um ambiente completamente desconfortável por veteranos. De fato, algumas garotas se sentem envergonhadas em cantar o hino da universidade, que contém falas machistas e misóginas.
Ao ingressarem na faculdade, as calouras são submetidas a seguirem regras rígidas para que se tornem menos sexualmente atraentes. Assim, as mulheres são coagidas a utilizarem o cabelo em um coque alto, uma vestimenta que seja capaz de cobrir o corpo e um sapato fechado. Dessa forma, elas são proibidas de utilizarem acessórios, roupas decotas, shorts, saias, esmalte e o cabelo solto.
O posicionamento da faculdade
O Centro Acadêmico da Universidade publicou uma nota de repúdio por meio das mídias socias, e os comentários da publicação foram negativos, pois não estão satisfeitos com a visibilidade pejorativa que a instituição recebeu da mídia. Assim, muitos alunos, inclusive mulheres, defenderam a faculdade e se referiram aos acontecimentos relatados como “Fake News”.
Contudo, há uma grande pressão para quem quiser apoiar a nota de repúdio publicada, visto que enquanto os indignados fizeram logos textos em defesa da unidade de ensino, os apoiadores apenas responderam a publicação com emojis de palmas, o que reforça o sentimento de opressão dentro da Unisa.
O objetivo principal da Universidade Santo Amaro (Unisa) se baseia em “formar profissionais de excelência, éticos e empreendedores, com visão humanística e crítica que respeitem a diversidade e atuem de maneira inovadora, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e sustentável”. Apesar de ter sido procurada, a faculdade ainda não relatou o seu posicionamento diante a situação.
Foto Destaque: Ato machista em prática. Reprodução/ Metrópoles