A Meta, empresa que controla algumas das principais redes sociais do mundo como o Facebook, Instagram e Whatsapp, divulgou nesta quinta-feira (12) que irá criar um centro monitorador para os conteúdos publicados pelos usuários sobre as eleições deste ano, em Brasília.
Ferramentas para este monitoramento estão sendo desenvolvidas a partir de uma parceria firmada em fevereiro com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Essas medidas são parte diversas ações em busca do combate as Fake News nas redes sociais, de acordo com a Meta.
Segundo a empresa, o centro de monitoramento será realizado por empregados contratados no Brasil e nos Estados Unidos. O modelo já foi testado anteriormente nas eleições brasileiras nos anos de 2018 e 2020. Somente durante o primeiro turno de 2020, foram removidas mais de 140 mil publicações.
O primeiro turno das eleições acontecerá dia 2 de outubro (Foto:reprodução/BBC)
Ainda segundo a Meta, as principais atribuições deste centro será agir diante de denúncias das possíveis violações das regras nas plataformas.
“A integridade das eleições é uma prioridade da Meta. Queremos garantir uma resposta rápida da empresa a qualquer momento emergencial que possa vir a acontecer“, afirmou a gerente de Programas de Resposta Estratégica da Meta América Latina, Debs Delbart.
A formação do centro será com especialistas que vão monitorar, em tempo real, as publicações e comportamentos de usuários que possam apresentar eventual interferência nas eleições.
A empresa ainda poderá anexar a algumas publicações o rótulo de informação falsa, com o intuito de contribuir para a redução do alcance da publicação.
Instagram e Facebook
A empresa já vinha adotando outras ações que deverão ter aprimoramento até outubro deste ano. No Instagram e Facebook, a Meta afirmou que vai adotar as medidas de:
- possuir um canal de denúncias de publicações, que poderão ser excluídas após a Meta analisar;
- treinamentos para autoridades eleitorais e outros parceiros, reginais ou nacionais;
- rótulo em publicações que possuam conteúdo das eleições, com direcionamento dos usuários para a página do site oficial da Justiça Eleitoral;
- lembretes do calendário eleitoral para as datas importantes.
Além disso, qualquer publicidade sobre o assunto deverá ter um anúncio de aviso explicando do que se trata.
No Whatsapp
De acordo com o chefe de políticas públicas do Whatsapp, a plataforma irá tomar medidas que reduziram o alcance de mensagens encaminhadas, o que já vem fazendo desde 2018.
O combate aos disparos em massa vai ser automatizado e que 75% das contas identificadas como de disparos automáticos serão excluídas da plataforma.
Foto destaque: Meta é a empresa que controla as rede sociais Facebook, Instagram e Whatsapp (reprodução/Olhardigital)