Um violento ataque com mísseis russos na madrugada desta quarta-feira (13) resultou em dezenas de feridos e causou danos significativos a um hospital infantil em Kiev, marcando o ataque mais grave contra a capital ucraniana em vários meses.
A Força Aérea Ucraniana relatou que a Rússia iniciou o ataque precisamente às 3h00 (22h00 de Brasília, terça-feira), lançando 10 mísseis contra Kiev, todos interceptados com sucesso. O Ministério da Saúde anunciou que 53 pessoas ficaram feridas, incluindo duas crianças, com destroços dos mísseis atingindo principalmente a zona leste da cidade.
Notas das autoridades
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que um dos mísseis atingiu o perímetro de um hospital durante o ataque noturno. Várias explosões foram ouvidas no centro de Kiev, seguidas pelo acionamento das sirenes de alerta.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, elogiou a resposta militar e prometeu reforçar as defesas aéreas do país. Nas redes sociais, Zelensky criticou a Rússia, afirmando que o país lançou foguetes durante a noite, atacando áreas residenciais e instalações infantis.
Escola infantil é atingida durante o ataque russo contra Kiev (Foto: reprodução/Viacheslav Ratynskyi/REUTERS)
Presidente tenta diplomacia com Noruega
Nesta quarta-feira, Zelensky desembarcou na Noruega para buscar apoio das nações nórdicas, fundamentais como doadoras de assistência à Ucrânia. Em declarações à imprensa, Zelensky destacou a necessidade de apoio estrangeiro diante da ofensiva russa.
O ataque, o segundo contra Kiev em uma semana, segue um período relativamente calmo sem bombardeios. Uma creche foi atingida, levando à evacuação de um prédio residencial, e o fornecimento de água em um bairro da cidade foi afetado.
A administração militar de Kiev destacou que os destroços dos mísseis atingiram três distritos, caracterizando a intensificação do “terror com mísseis” por parte do inimigo.
No sul da Ucrânia, drones Shahed de fabricação iraniana foram derrubados perto de Odessa. O incidente resultou em ferimentos e danos materiais, evidenciando a escalada do conflito em múltiplos pontos do país.
Apoio militar dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou o apoio militar a Kiev durante um encontro com Zelensky na Casa Branca, enfatizando o compromisso contínuo dos EUA em fornecer armas à Ucrânia. Enquanto isso, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, apelou para o apoio dos 27 membros da UE à ajuda econômica à Ucrânia e suas aspirações de aderir ao bloco.
O cenário atual evidencia a urgência de ações internacionais diante da escalada do conflito e da necessidade de proteger a integridade territorial e a população ucraniana.
Foto destaque: equipes de emergência trabalham num prédio atingido durante o ataque (Reprodução/Valentyn Ogirenko/Reuters)