Segundo a vereadora Mônica Benício, a mesma recebeu uma ameaça de estupro pelo seu edereço de e-mail. O titular da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância já informou a imprensa que este caso será investigado como um crime de lesbofobia, que também se enquadra no crime de racismo.
Mônica Benício em protesto. (Foto: Reprodução/Gênero e Número)
Não irá se calar
Mônica Benício, que é vereadora do Psol, viúva de Marielle Franco, que foi assassinada em 2018, registrou nessa terça-feira (22) um boletim de ocorrência na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, no centro do Rio de Janeiro, depois de receber uma mensagem por e-mail que à ameaçava de estupro no dia 14 de agosto.
“É muito violento e simbólico que isso aconteça no mês de agosto, mês da visibilidade lésbica”, disse Mônica sobre o e-mail recebido.
Uma ameaça de Harvad
Segundo Mônica Benício, a mensagem de e-mail recebido foi enviado por uma pessoa que se identificava como “Doutor Astolfo Bozzônio Rodrigues”. Na mensagem, o homem afirmava ser doutor em psicologia social, formado em Harvad e detalha no e-mail como a vereadora deveria sofrer as agressões por ela ser lésbica.
“O estupro corretivo é de um imaginário de uma sociedade machista e patriarcal, que acha que o corpo da mulher só serve se estiver a serviço e à disposição de um homem”, disparou a vereadora.
O estupro é considerado corretivo quando o autor do crime teria o efeito de “corrigir” a orientação sexual da vítima.
No e-mail, o suspeito afirma que o estupro corretivo “é uma terapia de eficácia comprovada que cura o homossexualismo feminino.”
Na mensagem enviada para vereadora, ele cita que pesquisas mostram que o “lesbianismo é uma doença.” e que pode ser “curada” com terapia.
Foto destaque: Mônica Benício. Foto: Reprodução/Revista Forum.